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Institucional
Inclusão digital chega à Escola Padre Luigi
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11/10/2012

Alunos da Escola Municipal Padre Luigi, na Vila C, em Foz do Iguaçu, são os primeiros de uma unidade educacional pública da cidade a contar com computadores para uso em sala de aula. Nessa quarta-feira (10), a escola recebeu oficialmente 300 netbooks, entregues por meio de uma parceria entre Itaipu Binacional, Prefeitura e Fundação Parque Tecnológico Itaipu (FPTI).
 
A iniciativa – que recebeu o nome local de Projeto Integrar – é parte do Programa Um Computador por Aluno (Prouca), do Governo Federal. Foz do Iguaçu é o primeiro município do Oeste do Paraná a aderir ao Prouca, lançado em 2010 com a ideia de facilitar a compra de netbooks para uso escolar por prefeituras e governos estaduais. No Paraná, o programa já funciona em 17 escolas, segundo dados do Ministério da Educação (MEC).
   
A entrega dos netbooks foi feita pelo diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek; a diretora financeira executiva, Margaret Groff; o diretor jurídico, Cesar Ziliotto; o diretor-superintendente da Fundação Parque Tecnológico Itaipu, Juan Sotuyo; e outras autoridades municipais.
 
Com a doação, a escola passa a ser a primeira da cidade a utilizar computadores em sala de aula, com acesso à banda larga, e não apenas em atividades de laboratório. Os netbooks foram equipados com o software Aprimora, desenvolvido pela Positivo, empresa que fornece, desde 2010, os aparelhos para todas as cidades que aderiram ao Prouca.
   
Acompanhamento
 
Em Foz, o primeiro passo para aderir ao Prouca partiu da Diretoria Financeira de Itaipu, que repassou o recurso à Prefeitura de Foz para a compra dos equipamentos. Conforme a regra do programa nacional, a aquisição deve ser feita pelas prefeituras. “Nosso objetivo não é só trazer os netbooks à escola, mas melhorar ainda mais a performance educacional da unidade de ensino e promover a inclusão digital”, disse Margaret Groff.
 
A escola vai ser acompanhada. “Vamos medir a eficiência a partir da próxima nota do Ideb [Índice de Desenvolvimento da Educação Básica]”, completou a diretora. No último Ideb, a escola recebeu nota 6,5, considerada pelo Ministério da Educação um padrão de “excelência".
 
Novo tempo
 
Para a diretora da escola, Paulina Aparecida Lino Simões, o Integrar inaugura um novo tempo na unidade de ensino. “Somos vizinhos de Itaipu, que é uma empresa de primeiro mundo. Agora nos sentimos parte deste primeiro mundo também”, afirmou a diretora.
 
Samek reafirmou o compromisso com a Padre Luigi. “Seremos sempre parceiros desta escola e vamos mostrar que ferramenta extraordinária é essa que estamos implantando aqui”.
 
Segundo o DGB, a escola foi escolhida por ser vizinha e parceira de Itaipu em outros projetos. “Em 2010, quando inauguramos a Escola Municipal Arnaldo Isidoro, também na Vila C, a diretora Paulina nos deu parabéns pela iniciativa e perguntou se íamos investir também na sua unidade. E é por isso que estamos aqui hoje”, afirmou o diretor-geral.
 
Inclusão
 
Não há dados oficiais sobre quantas crianças dessa unidade escolar têm computador e acesso à internet em casa, mas, segundo a diretora, muitos estudantes estavam excluídos do mundo digital. “Nunca tinha mexido em um, mas tinha muita vontade. Gosto de computadores e já tinha pedido um para o meu pai”, disse Emily Nicole Oliveira, 8 anos, aluna do 3º ano do ensino fundamental.
 
Hoje, estão matriculados na Padre Luigi 691 alunos, do 1º ao 5º ano do ensino fundamental. O foco do programa são os alunos do 2º ao 5º ano, mas os de 1º ano também poderão usar os netbooks em algumas atividades.
     
Aprimora
 
Antes de chegar às mãos dos alunos, os aparelhos foram equipados com o software educacional Aprimora, com atividades interativas para língua portuguesa e matemática.
    
Todos os professores receberam treinamento de 40 horas para uso do sistema. “Além de aumentar o contato das crianças com a tecnologia, o projeto é mais uma metodologia para melhorar o conhecimento sistematizado”, disse a professora e coordenadora pedagógica do Integrar na Escola Padre Luigi, Cristina Oliveira Braga.
 
Foz do Iguaçu é a 18ª cidade do Paraná a aderir ao Prouca do Governo Federal, mas no estado apenas Curitiba também usa o software Aprimora.
 
Ainda não há previsão de estender a iniciativa para outras escolas do município.
 
Esforço integrado
 
Para desenvolver o projeto, a Diretoria Financeira recebeu o apoio de diferentes áreas da Itaipu, como as superintendências de Materiais, de Informática e de Serviços Gerais, que ajudaram na transferência dos computadores e na instalação do cabeamento e roteadores para banda larga. Caberá à Fundação PTI o acompanhamento diário do projeto na escola. Durante três meses, a empresa Positivo também manterá um monitor no local.
   
Professores também ganham computador
 
Os educadores também terão seus próprios computadores – 10 notebooks –, e uma sala com lousa inteligente, material todo comprado com recursos do Integrar. O currículo pedagógico permanece o mesmo, mas a ferramenta amplia a assimilação dos conteúdos.
 
Nesta quarta, o primeiro desafio das crianças estreantes no mundo da tecnologia foi acessar o sistema com um login e senha próprios – uma responsabilidade nova para os jovens estudantes. Cada usuário do sistema terá acesso personalizado ao Aprimora.
 
Reinaldo Zambiazi, 10 anos, do 4º ano, já anotou seus dados para uso do netbook. “Eu já mexia na internet porque ganhei um notebook ano passado. Mas agora também podemos usá-la para estudo. Isso é maravilhoso”, disse o menino.
 
Chance de uma vida melhor
   
Segundo Paulina Simões, a inclusão no universo da tecnologia é vista, por alguns pais, como o primeiro passo para uma vida melhor de seus filhos no futuro. “Uma das mães me contou que o acesso à tecnologia vai melhorar a vida do filho. A educação tem que acompanhá-la”, concluiu.
 
Mais agilidade
 
Depois de testar o computador, o aluno do 5º ano Joel Augusto Cândia, 10 anos, acredita que o aparelho dará agilidade na assimilação dos conteúdos educacionais. “Ele vem com muitos aplicativos educativos. Tem até uma cruzadinha para deixar a gente mais ligeiro nas matérias”, afirmou o menino, que não tem computador em casa. “Estou feliz porque agora terei um para usar todos os dias”.