Sala de Imprensa
Iguaçuenses concorrem ao Prêmio Betinho
18/09/2009
Você pode ajudar - votando pela Internet - os iguaçuenses que concorrem ao título de "brasileiro que participa mais ativamente da comunidade onde vive, transforma a realidade e faz a diferença". Ivânia Ferrnonato, Giuliano Inzis e Jaci Alves Marinho foram indicados pelo escritório de Foz do Iguaçu do Comitê de Entidades no Combate à Fome e pela Vida (Coep) a participar da 2ª edição do Prêmio Betinho – Atitude Cidadã. O objetivo do concurso é dar rosto, voz e reconhecimento às pessoas que combatem a fome e lutam por um Brasil mais justo e melhor.
Os candidatos de Foz disputam em duas fases: estadual e nacional. Na etapa estadual, concorrem com outros seis indicados: três de Londrina e três de Curitiba. Na nacional, os representantes da cidade concorrem com outros 87 candidatos, de 27 estados brasileiros.
Segundo o secretário executivo do Coep municipal, Joel de Lima, assistente do diretor-geral brasileiro, Jorge Samek, essas três pessoas foram indicadas porque, no modo delas, acreditam no ser humano e trabalham arduamente para construir um país e um mundo melhor. “Elas atuam com o intuito de fazer a diferença na vida de pessoas e comunidades. E esta é a proposta do Coep”, afirma.
Coep
Conforme explica Joel, o Coep foi criado em 1993, resultado do intenso movimento de mobilização da sociedade civil, liderado pelo sociólogo Herbert de Souza-Betinho, frente ao quadro inaceitável de pobreza instalado no país. Incluindo organizações públicas e privadas, o Coep, de acordo com Joel, é na verdade um grande espaço de organização de ações de responsabilidade social, sobretudo, no combate à fome. “A meta do conselho, é articular para que as ações tanto a nível municipal, estadual como federal trabalhem de forma conjunta”, destaca.
O Coep de Foz do Iguaçu foi criado no final de 2003. Até fevereiro de 2008 ficou sob o comando de Furnas Centrais Elétricas. Agora, é gerido pela a Itaipu Binacional.
Perfil dos candidatos
Giuliano Inzis - É padre e presidente do Conselho de Administração da Sociedade Civil Nossa Senhora Aparecida. A entidade mantém uma pré-escola, um poliambulatório e um centro de atenção integral para atender crianças e adolescentes de baixa renda. A pré-escola prepara ao ensino fundamental a 150 crianças entre 4 e 5 anos. Segundo o coordenador, nos últimos anos foi possível reduzir em 80% os casos de evasão escolar. “As crianças deixavam a escola porque cresciam na rua. Com isso, sentiam dificuldades de entender o espaço da sala de aula”, conta Giuliano. No centro dedicado aos adolescentes, pelo menos, 450 adolescentes participam de cursos de informática e de oficinas profissionalizantes. No poliambulatório, são realizadas, diariamente, 250 consultas. Ainda, por meio do projeto, uma equipe do Programa de Saúde da Família oferece assistência à cerca de mil famílias dos bairros do entorno. “Nossa meta é resgatar a dignidade dos menos favorecidos”, declara o padre.
Ivania Ferronatto – É atual coordenadora de projetos da Fundação Nosso Lar de Foz do Iguaçu, porém, foi uma das idealizadoras e co-fundadora. A instituição, sem fins lucrativos, é responsável por abrigar crianças e adolescentes abandonados ou maltratadas por suas famílias. Além do cargo na Fundação Nosso Lar, Ivania participa como suplente dos Conselhos Municipal e Estadual da Criança e do Adolescente e é coordenadora da Rede de Proteção Integral à Criança e ao Adolescente da Tríplice Fronteira (Rede Proteger). “Essa é uma rede formada por 40 instituições voltadas a atender crianças em situação de vulnerabilidade social”, conta Ivania.
Jaci Alves Marinho – É voluntário no projeto Hortas Comunitárias Coep/Foz do Iguaçu. Ele é o técnico agrícola dessa iniciativa que mantém hortas escolares. “As hortas são feitas em 22 escolas municipais e estaduais, onde são cultivadas hortaliças”, afirma. O programa contempla todo o ciclo do cultivo. As mudas são produzidas em uma estufa na empresa de Furnas Centrais Elétricas e distribuídas às escolas participantes, gratuitamente, beneficiando mais de 8 mil pessoas . Os produtos da horta são consumidos pelos próprios alunos. A quantia excedente é distribuída entre os estudantes. Para o técnico, um dos objetivos da iniciativa é incentivar o aluno a transmitir o conhecimento sobre o plantio para a sua família. “Queremos melhorar a dieta nutricional do local”, completa. |