Líder mundial na geração de energia limpa e renovável

Tecnologia
IBM aposta em modelo de sinergia de softwares
Tamanho da letra
23/10/2009

Uma da maiores empresas do mundo em serviços de tecnologia digital, a IBM aposta na sinergia entre o software proprietário e o  Open Source (código aberto) como receita de sucesso na indústria da informática. A atual estratégia da empresa prioriza trabalhar de forma compartilhada os dois modelos com uma finalidade clara: aprimorar e aperfeiçoar os produtos e serviços oferecidos aos consumidores.

 

Essa filosofia de mercado foi demonstrada por César Taurion, nesta sexta-feira (23) pela manhã, durante o segundo dia de programação da 6ª Conferência Latino-Americana de Software Livre (Latinoware 2009). O evento prossegue até sábado (24), no Parque Tecnológico Itaipu, em Foz do Iguaçu. 

 

Promotor de projetos da IBM, o especialista ministrou a palestra: “Open Source 2.0: maturidade em modelos de negócios”. Para Taurion, a sinergia entre os dois modelos de software (proprietário e aberto) gera resultados interessantes. Ele citou o caso da própria IBM.

 

A empresa investe em várias comunidades de software livre por meio de financiamento de projetos e em laboratórios tecnológicos, que promovam iniciativas do gênero.

 

A ideia geral é auxiliar o desenvolvimento de programas Open Source, que sirvam, posteriormente, de base para o aperfeiçoamento tecnológico de produtos comercializados pela empresa. 

 

Os componentes desses programas livres ajudam, então, conforme explicou, a melhorar e qualificar cada vez mais os produtos da IBM, cuja fonte está em códigos proprietários.

 

Segundo Taurion, existem custos para isso, mas muito inferiores se comparados ao modelo tradicional, em que as empresas pagam equipes para desenvolverem novos produtos. Isso porque, no modelo de software livre, os programas são desenvolvidos em um sistema colaborativo chamado de “computação em nuvem”. Nele, há o compartilhamento constante entre as comunidades para a criação de novos sistemas operacionais.

 

Um exemplo é o sistema Linux, mundialmente conhecido pelas comunidades de software livre. Há vários anos, a IBM tem aportado recursos ao projeto em troca de tecnologia e conhecimento, retransmitido a outros produtos e programas criados pela companhia. “Nesse modelo, exploramos, no bom sentido, as inovações tecnológicas produzidas pela inteligência coletiva”, ressaltou.

 

Num comparativo, a IBM gastou, nos últimos anos, perto de 100 milhões de dólares em projetos de comunidades desenvolvedoras de software livre. Se a empresa optasse por aplicar recursos em modelos convencionais, para criar ou aperfeiçoar novos produtos, estima-se que os gastos seriam dez vezes mais elevados, ou seja, perto de U$ 1 bilhão.

 

Outro dado interessante remete ao volume de vendas de serviços de software livre no mundo. Até 2010, o segmento deve movimentar mais de U$ 50 bilhões.