Meio Ambiente
Festa marca aniversário do Refúgio de Itaipu
30/06/2009
A programação é nesta quarta-feira (1º), a partir das 10h, no refúgio localizado na Vila C
Criado inicialmente como ponto para abrigar os animais recolhidos da operação Mymba-kuera (ou “caça-bicho” em tupi-guarani), durante a formação do Lago de Itaipu, o Refúgio Biológico chega aos 25 anos (completados no sábado, dia 27), com boas perspectivas de crescimento. Segundo o gerente da Divisão de Áreas Protegidas, Edson Zanlorensi, o próximo passo do refúgio é se tornar uma unidade de conservação, de acordo com os critérios do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC).
“Assim poderemos fazer planos de manejo e definir as áreas de valor intangível, de recuperação ou de uso especial”, explica Zanlorensi. Atualmente, o refúgio é considerado uma Área de Proteção Permanente (APP), assim como a faixa de proteção do reservatório.
Infraestrutura
No setor de fauna do refúgio, explica Wanderlei de Moraes, destaca-se a reprodução de felinos de pequeno porte, como jaguatirica, gato maracajá e gato-do-mato-pequeno; além do veado-bororó (o plantel deste animal é o maior entre os zoológicos e criadouros do Brasil: 23 no total.
Harpia
A última grande conquista foi a reprodução da harpia – um filhote se desenvolveu e há esperança de que a família cresça nos próximos meses. Um ovo está sendo chocado. Os próximos desafios são a reprodução da onça-pintada e do tamanduá-bandeira.
O Refúgio de Itaipu tem grande participação em programas nacionais de conservação de algumas espécies, como o cervo-do-pantanal que recebeu recentemente mais um integrante. Outro trabalho importante é de enriquecimento ambiental, realizado no refúgio e que reduz o estresse dos animais em cativeiro. “O setor de fauna é referência no Brasil”, diz Sebastião Nogueira, responsável pela administração do refúgio. O local mantém vários convênios com outras instituições para troca de animais com interesse de reprodução. Mas tem também convênios científicos, reforça Wanderlei, com instituições como Universidade Federal do Paraná, Parque das Aves, Zoológico Municipal de São Paulo, Ibama, entre outros.
Hoje, além dos programas de preservação da fauna, o refúgio administra a produção de peixes, nos tanques-redes do portinho, e a sua reprodução no Canal da Piracema.
Flora também é modelo
Na área de flora, o refúgio tem o programa de plantas medicinais, um banco de germoplasma e a produção de mudas usadas na arborização da usina, nos bosques do visitante e do trabalhador. E o viveiro florestal, que produz mudas nativas para serem plantadas no corredor da biodiversidade e na faixa de proteção do lago. Foram 24 milhões de mudas produzidas pelo refúgio para formar os atuais 29,5 mil hectares de faixa de proteção. Soma-se à faixa, os 1.740 hectares do próprio Bela Vista que, junto com outros dois refúgios, o de Santa Helena e o de Maracaju, atinge 4,6 mil hectares destinados somente a refúgios biológicos. O viveiro tem capacidade para produzir 400 mil mudas florestais por safra. São 84 espécies mapeadas na Bacia do Paraná 3, e um banco de germoplasma com matrizes de 15 espécies florestais, entre elas, o pau-marfim, que se encontra na lista de espécies ameaçadas de extinção.
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