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Institucional
Empregados fazem treinamento para trabalhos e resgates em altura
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05/08/2011

As pernas ficam bambas, a vista escurece, a cabeça parece girar: se em circunstâncias normais é preciso agir com todo cuidado quando alguém fica mal, se a vítima está a mais de 70 metros de altura o resgate bem-feito é determinante para o sucesso da operação. Ciente dessa preocupação, a Segurança do Trabalho da Itaipu está proporcionando a 45 empregados um treinamento sobre Trabalho e Resgate em Altura.

O trabalho começou nesta quarta-feira (3), com a primeira das três turmas que serão capacitadas, e vai até o dia 12 de agosto, quando a última equipe termina o treinamento. As aulas são ministradas por instrutores especializados da empresa Vertical Pro, com sede em São Paulo e responsável pela mesma iniciativa na Petrobras, Chesf, entre outras.

O curso, que obedece os padrões de segurança mais avançados do mundo, está de acordo com a Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho sobre Trabalho em Altura, que está sob consulta pública e deve ser publicada ainda este ano. Ou seja, as equipes de Itaipu estão sendo preparadas com o conteúdo mais moderno em relação a resgates em altura.

As três turmas são formadas por empregados de áreas que exercem atividades em postes, torres e subestações. No primeiro dia de curso, são revistos os aspectos teóricos das técnicas de resgate. Depois, é hora de ajustar as fitas, prender os mosquetões e subir até o alto da subestação desativada que fica na área da empresa, para testar na prática os salvamentos.

“Durante dois dias, fazemos muitas práticas de trabalhos seguros em altura e trabalhos de resgate em várias situações: com vítima consciente, inconsciente, com trauma de coluna... elaboramos vários cenários”, explicou o instrutor Marcello Cyrillo Vazzoler, ex-guia de montanha que aprendeu as técnicas de resgate durante uma especialização nos EUA.

Atenção máxima

De olho na posição das mãos e dos pés dos colegas, Dorival Goldoni, da Divisão de Teleprocessamento contou que aprendeu muito no curso. “São muitos detalhes, muitos equipamentos, temos que ficar de olho em tudo para trabalhar com segurança”, disse.

A quantidade de equipamentos é enorme, e cada um deles tem uma função específica. Além disso, são próprios para esse tipo de situação. “A corda é específica de resgate, assim como a fita, o mosquetão. Tudo tem um porquê. São equipamentos que vem sendo desenvolvidos vinte, trinta anos na Europa e nos Estados Unidos”, explicou Vazzoler.

Para lidar com tantos detalhes e manobras extremamente minuciosas, não para confiar na memória. “A gente tem que estar sempre treinando e relembrando o que aprendemos. O treinamento tem que fazer parte do dia a dia”, frisou Marcelo Alves Ferreira, da Divisão de Manutenção de Equipamentos e Transmissão.

Para o que der e vier

E o procedimento é o mesmo para qualquer tipo de torre? Segundo os instrutores, não. “Na Itaipu, existem diferentes necessidades. O mais difícil foi atender a todas em apenas três dias. Optamos por algumas que poderão servir para todos”, explica Daniel Alexandre de Souza, da Vertical Pro. E a missão foi cumprida: para Antônio Serrão, a didática dos instrutores foi “excelente”.

Acostumados a treinamentos de resgate nas mais diversas situações, os bombeiros Marcos Cesar Gardacho e Marcelo Cezar Leichtweis estavam satisfeitos. “Treinamentos assim ampliam a nossa visão. Alguns conceitos que aprendemos podem ser usados até em outras situações”, disse Gardacho. O colega Tiago Leal Mangrich também era elogios: “Relembrar é sempre bom”.

Mas não foram os instrutores que foram aprovados. “A turma é bem comprometida, e de modo geral todos estão muito receptivos. O que é bom, porque 50% do curso somos nós, instrutores, que fazemos. Os outros 50% depende deles”. E, se depender do empenho dos nossos “heróis das alturas”, a segurança nos picos de Itaipu está garantida.