O Brasil volta do Fórum de Energia de Viena, na Áustria, com a chancela da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial – Onudi em diferentes iniciativas, ancoradas principalmente pelo Centro de Biogás, desenvolvido pela Itaipu e 19 entidades, e parcerias firmadas com vários países nas áreas de desenvolvimento territorial sustentável, tecnologia e pesquisa.

A delegação brasileira aproveitou todas as oportunidades da viagem para fazer parcerias, fechar negócios e defender a hidroeletricidade como uma matriz limpa e renovável. E, também, a geração distribuída como uma alternativa de inclusão energética e renda para pequenos produtores.

Nas negociações e encontros, durante toda a semana, com representantes de países europeus e africanos, especialmente Cabo Verde e Sudão, a comitiva brasileira, liderada pelo diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek, mostrou o grande potencial do País em todas essas áreas.  

Itaipu não é só a maior usina em geração hidrelétrica do mundo - no ano passado, mesmo com um potência menor que Três Gargantas, ficou à frente da gigante chinesa e cravou em 2012 mais de 98,2 milhões de megawatts -, mas também uma referência em gestão de desenvolvimento sustentável. Um exemplo disso são os investimentos em pesquisa de geração distribuída, que tem como um dos resultados a instalação do Centro Internacional de Biogás, no Parque Tecnológico Itaipu, na área da usina.  

A viabilidade do CIBiogás –ER só foi possível graças ao trabalho de Itaipu e parceiros em experiências como o condomínio Ajuricaba, localizado em Marechal Cândido Rondon, e a Granja Colombari, em São Miguel do Iguaçu. Ali, os dejetos dos animais, antes um problema, agora são transformados em energia, gerando renda extra para os produtores.
 
Com o anúncio da integração do CIBiogás à rede mundial de Energias Renováveis da Onudi, os países que participaram no Fórum de Viena começaram a buscar no Brasil a parceria para seus negócios nessa e em outras áreas.

Na sexta-feira, último dia do encontro, Itaipu fez um acordo com o Fundo de Reconstrução e Desenvolvimento de Darfour, grande região do Sudão.

O memorando de entendimento foi assinado por Jorge Samek; Hashim Abdelrahman, secretário geral do Fundo; Carlos CHanduvi-Suarez, chefe do Programa da Onudi para a América Latina e Caribe; Youssef Elkordofani, vice- embaixador da missão permanente do Sudão em Viena.

Também assinaram o documento Pradeep Monga, diretor do Departamento de Energia da Onudi; e Evandro Didonet, embaixador do Brasil em Viena, representando o Ministério das Relações Exteriores.

Ainda na sexta-feira, pela manhã, a delegação brasileira se reuniu com empresários austríacos que pretendem investir no Brasil na área de biogás e subprodutos.  Eles também têm interesse nos setores de mobilidade urbana e serviços rurais.

A comitiva negociou ainda, com o diretor do Departamento de Energia da Onudi, Pradeep Monga, uma possível parceria em projetos de Itaipu, Parque Tecnológico Itaipu, CIBiogás e parceiros, no valor  de US$ 5 milhões. Parte desses recursos seria do Fundo de Nações Unidas, o GEF.

Acompanharam Samek na viagem o superintendente de Energias Renováveis, Cícero Bley Júnior, diretor geral do CIBiogás, e Herlon Goelzer de Almeida, assistente do diretor geral e diretor de Desenvolvimento Tecnológico do CIBiogás.