O primeiro Encontro de Integração Binacional das Mulheres da história da empresa e de suas fundações, Itaiguapy e Fibra, foi marcado pela criação de Comitê de Gênero, Raça e Inclusão, dinâmicas de grupo, atração musical e palestra sobre liderança feminina com a presidenta do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros. O evento foi nesta terça-feira, (25), no Cineteatro dos Barrageiros, dentro da usina.

Participantes aplaudiram e dançaram ao som de atração musical do Paraguai. Foto: Kiko Sierich | PTI. 

A programação foi aberta com a apresentação do grupo musical paraguaio Tradición Folk e Aye Alfonso. O repertório reuniu músicas brasileiras e paraguaias. Mais de 500 pessoas das duas margens, entre homens e mulheres, participaram do encontro, realizado numa data simbólica: 25 de julho celebra o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, e, no Brasil, o Dia de Tereza de Benguela, a escrava negra que virou rainha. 

Com uma recepção bastante acalorada, os participantes acompanharam aplaudindo e dançando ao som do grupo musical. Foi uma grande festa da integração e da reflexão sobre temas centrais de responsabilidade social da margem esquerda com empregadas e empregados.

Criação de comitê foi assinada pelo diretor-geral brasileiro. Foto: Rafa Kondatsch/Itaipu Binacional

Na sequência, o diretor-geral brasileiro, Enio Verri, e a assessora de Responsabilidade Social, Fiorinda Pezzatto, anunciaram a criação do comitê, que amplia sua área de atuação com foco na diversidade e nos direitos humanos.




Psicólogas fazem dinâmicas de integração com brasileiras e paraguaias. Foto: Rafa Kondatsch/Itaipu Binacional

Antes da palestra magna com a presidenta do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, as psicólogas Vanessa Lima e Denise Perez, da Divisão de Seleção e Acompanhamento de Recursos Humanos, de forma leve e bem-humorada, conduziram a dinâmica Conectando Forças, Uma Atividade de Reflexões e Autoconhecimento e Vínculo.

Elas falaram sobre psicologia positiva. Ao contrário da positividade tóxica, trata-se da preocupação de identificar o que está ruim para conseguir promover bem-estar e qualidade de vida. Em duplas, as colegas tiveram oportunidade de se conectar umas com as outras e fazerem um exercício de autoconhecimento.

Palestra

Presidenta do Banco do Brasil falou sobre liderança feminina. Foto: Rafa Kondatsch/Itaipu Bnacional



Bacharel em Administração de Empresas (AIEC), pós-graduada em Administração, Negócios e Marketing (ESAB) e Administração e Negócios (PUC-RS), a presidenta do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros nasceu em Campina Grande, Paraíba.

Funcionária de carreira, é a primeira mulher a comandar a instituição nos mais de 200 anos de existência do banco. Tarciana gosta de se apresentar como uma mulher nordestina, que iniciou a vida profissional como feirante e professora. “Segui como exemplo as mulheres fortes da minha família, a maioria chamadas de Maria. Por meio delas, adquiri coragem e aprendi que educação liberta.”

Tarciana não fala só do conhecimento acadêmico, mas também o de base. “Aprendi com eles que todo trabalho é digno, (aprendi) a ter uma consciência cristã e cidadã e que, depois de sonhar, é preciso planejar.” E deu uma dica: “Nunca aceite que ninguém te diga que você não pode”.  

Como mensagem, disse ao público que cada mulher que tem ascensão profissional precisa trazer com ela outras mulheres. “Uma chega e traz com ela mais três, quatro. Para mim, o topo não é ser CEO do banco, mas ter outras mulheres no topo da carreira.” E deu como exemplo a própria campanha do Banco do Brasil. assinada como o nome “Mulheres no Topo”.

Mulheres da IB




Diana  elogiou a iniciativa de integrar as mulheres e colocar o tema na pauta prioritária da Itaipu Binacional. Foto: Rafa Kondatsch/Itaipu Binacional



Com 12 anos de casa, a arquiteta fiscal da Responsabilidade Social, da margem paraguaia, Diana Almeida, elogiou e esse tipo de encontro, que coloca na pauta os direitos das mulheres como profissionais.




Nova de casa, Rocio diz que esse tipo de evento fortalece as políticas de gênero. Foto: Rafa Kondatsch/Itaipu Binacional



Para a secretária da Responsabilidade Social, também da margem paraguaia, Rocio Martinez, há seis meses na Itaipu Binacional, eventos dessa natureza fortalecem o reconhecimento que as mulheres devem ter na empresa.

Karla Noronha se sentiu prestigiada com a discussão do tema gênero na empresa. Foto: Rafa Kondatsch/Itaipu Binacional



A secretária do Departamento de Engenharia, Karla Noronha, há 17 anos na IB, diz que essa é a primeira vez que vê um evento sobre esse tema, o que ela considera interessante e curioso. Ela lembra que, desde 2015, por WhatsApp, foi criado o Grupo das Luluzinhas, um fórum informal de mulheres da Itaipu em que elas se apoiam e falam sobre questões como empoderamento, entre outros temas. “Neste espaço, já discutíamos assuntos relacionados às políticas das mulheres, mas se tiver mais troca de informações, muito melhor; temos como crescer mais, assim como os homens na empresa.”

Participantes




Mulheres e homens representados pela divesidade da IB. Foto: Rafa Kondatsch/Itaipu Binacional