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DGB defende o uso de fontes renováveis de energia
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15/04/2009

O diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Jorge Samek, defendeu o emprego de fontes renováveis de energia para expandir a oferta no setor elétrico brasileiro. Samek fez uma palestra na noite desta terça-feira, no auditório do Centro de Recepção de Visitantes da Itaipu, durante a abertura do 3º Seminário Brasileiro sobre Sequestro de Carbono e Mudanças Climáticas.

 

“Precisamos desenvolver outras fontes renováveis no país, como a solar, a eólica, a biomassa e o reaproveitamento de resíduos para ter uma matriz energética limpa”, disse Samek. 

 

 “O uso de renováveis é a principal estratégia eleita pela ONU para combater as mudanças climáticas e o Brasil tem grande potencial nesse campo”.

 

Segundo o diretor, o uso das energias renováveis é de importância estratégica para a economia e a sociedade brasileira, pelo fato de 46% da matriz energética do Brasil ser renovável. No mundo, a média de participação de renováveis é de 13% e nos países considerados desenvolvidos, de apenas 6%.

A principal vantagem das fontes renováveis está na preservação ambiental, visto que não emitem carbono ou, em alguns casos, têm emissões muito reduzidas, na comparação com as fontes não-renováveis (carvão, gás natural e derivados do petróleo, por exemplo). Como exemplo, Samek citou que a Itaipu lançaria anualmente ao menos 85 milhões de toneladas de gás carbônico se utilizasse carvão para produzir a mesma quantidade de energia que gera.

O diretor defendeu, também, que o Brasil precisa expandir seu aproveitamento hidráulico, que é de apenas 30% de seu potencial, ressaltando que hoje as novas tecnologias ambientais permitem mitigar os impactos negativos de empreendimentos hidrelétricos, como por exemplo a geração a fio d'água (que evita a formação de reservatórios) e a implantação de canais para peixes migratórios (a exemplo do Canal da Piracema, da Itaipu).

Para Samek, o Brasil terá condições de incrementar o uso da hidreletricidade e outras fontes renováveis com os investimentos previstos no PAC (Programa de Aceleração da Economia) previstos para os próximos anos. Do total de R$ 503 bilhões dos recursos destinados a execução das obras do programa, R$ 270 bilhões serão aplicados em projetos para o desenvolvimento da matriz energética do Brasil. “É a oportunidade para potencializarmos e modernizarmos o sistema, aproveitando todas as fontes de energias limpas possíveis”, ressaltou.

A solenidade de abertura contou com a presença ainda do doutor Luis Gilvan Meira Filho, da USP e cientista do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas); do pesquisador Marco Aurélio Bush Ziliotto, representante dos institutos Ecoclima, Ecoar e Universidade Positivo; e de José Tubino, coordenador da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), entre outras autoridades. 

 

O evento é resultado de uma parceria entre os Institutos Ecoclima (PR) e Ecoar (SP), e a Universidade Positivo (PR), conta com o apoio da Itaipu Binacional, Secretaria de Estado do Meio Ambiente, PUC/RS, UFPR e Fundação PTI, além de patrocínio da Braskem.

 

A Itaipu participa do evento com palestras do superintendente de Meio Ambiente, Jair Kotz, que falou nesta quarta-feira sobre “O programa Cultivando Água Boa e seus benefícios para a mitigação das Mudanças Climáticas”, e do superintendente de Energias Renováveis, Cícero Bley, que fala nesta tarde sobre “Energias renováveis, eficiência energética e as Mudanças Climáticas”. O evento prossegue até sexta-feira, nas dependências do Parque Tecnológico Itaipu.