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Campeonato Brasileiro de River Sup faz sucesso no Canal Itaipu
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09/09/2013

O 1º Campeonato Brasileiro de River Sup (modalidade que consiste em remar em pé sobre uma prancha) chegou ao fim neste domingo (8), no Canal Itaipu, em Foz do Iguaçu, com saldo positivo. A novidade agradou a todos: atletas, organizadores e patrocinadores. Mesmo para os competidores com experiência prévia no stand up paddle, o evento foi um fato novo: foi a primeira oportunidade que os 16 inscritos tiveram para testar suas habilidades no slalom (contorno de obstáculos) e no sprint (contra o relógio) em águas bravas e em um mesmo local.
   
A competição começou no sábado (7), com o slalom, e terminou neste domingo (8), com o Sprint. Cada modalidade teve quatro baterias. A pontuação em ambas as provas foi somada para determinar a classificação final. Dos cinco primeiros colocados, três são canoístas de Foz do Iguaçu que aprenderam a modalidade na véspera da competição. Ao final dos dois dias, o paulista Luiz Carlos Guida, o “Animal”, foi campeão.
 
No sábado, o presidente da Confederação Brasileira de Stand Up Paddle (CBSUP), Ivan Floater, disse que estrutura do Canal Itaipu superou suas expectativas e que outros campeonatos virão. “Ninguém aposta numa ideia como essa para fazer apenas um evento”, ressaltou. “Tenho certeza de que, após esse primeiro, os próximos serão ainda melhores, com mais atletas, patrocinadores e público.”
   
Resultado do 1º Campeonato Brasileiro de River Sup:
   
1º) Luiz Carlos Guida “Animal” – São Paulo/Naish Boardhouse
2º) Richarleston Alves do Amaral – Foz do Iguaçu/Adere
3º) Adriano Siano Bragança – Foz do Iguaçu/Adere
4º) Mário Cavaco Neto – Santos/Kialoa
5º) Michel Trindade Moura – Foz do Iguaçu/Adere
   
A experiência do iguaçuense Richarleston do Amaral, de 21 anos, com o stand up paddle se resumiu a dois dias de treinos e aos outros dois de competição. Foi o que bastou para ele se tornar o vice-campeão do 1º Campeonato Brasileiro de River Sup. À frente dele ficou apenas aquele que é considerado o melhor da modalidade no Brasil, o “Animal”, um dos poucos, entre todos os 16 participantes, a chegar à disputa com alguma experiência. “Mas nunca tinha remado em um lugar como esse”, admitiu o campeão, conhecido pelas conquistas em alto mar.
    
O novato Richarleston, no entanto, conhece bem o Canal Itaipu. Ele é canoísta com origem no Projeto Meninos do Lago – surgido em 2008, como resultado de uma parceria entre a Federação Paranaense de Canoagem, a Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa) e a Itaipu, por meio do Programa de Proteção à Criança e ao Adolescente (PPCA).
   
Competindo “no quintal de casa”, Richarleston levou familiares para torcer no sábado, durante as provas do slalom. “A gente acaba torcendo por todo mundo, e não só para ele”, disse a tia, Deli Nunes, de 41 anos, solidária à dificuldade e ao esforço que todos demonstraram para se equilibrar em pé, sobre a prancha, e remar contornando as balizas.
 
No mesmo dia, após uma de suas descidas, foi agradecer ao apoio da família e revelou não ter muita expectativa quanto ao resultado, mesmo conhecendo a “linha d’água” do Canal Itaipu. “É bem diferente da canoagem, por ter que ficar em pé”, disse. “Pelo menos como diversão [o stand up paddle] veio para ficar. Para competir, vou ver mais para frente”, ressaltou.

Centro
 
Para o presidente da Confederação Brasileira de Stand Up Paddle (CBSUP), Ivan Floater, Foz reúne plenas condições de sediar um centro para treinamento e promoção dessa modalidade. “Esse não é apenas o primeiro campeonato brasileiro, mas também um modelo de competição para o mundo, porque não houve, até agora, em nenhum outro lugar, uma disputa de diferentes modalidades de stand up paddle em um local tão propício para isso, como o Canal Itaipu."
   
O apoio da Itaipu – que, além de ceder o espaço para a competição, também a patrocina – está sendo fundamental, garante o presidente da confederação. “Qualquer campeonato precisa de patrocínio, e quando a Itaipu apareceu foi uma grande comemoração”, afirmou. “Sairemos daqui com muitas ideias para incentivar ainda mais o esporte na cidade.”
    
Segundo Floater, o evento pode ser um catalizador do stand up paddle em Foz do Iguaçu, tornando-o, a partir de agora, cada vez mais difundido na região. “Após essa primeira experiência, se o próximo campeonato tiver uma boa divulgação, poderemos ter 200 atletas participando [este ano, são 16]”, disse. “É um lugar lindo, preservado, limpo e com gente muito educada. Como organizador de um evento, preciso ver isso tudo.”
      
O aprendizado relativamente fácil e o contato com a natureza são as grandes virtudes desse esporte, que pode ser praticado em rios, lagos e corredeiras. Perfeito para a Terra das Cataratas.