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Meio Ambiente
CAB+8 mostra que programa da Itaipu ganhou dimensão de movimento social
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19/11/2010

Após quase oito anos de atividades, o Programa Cultivando Água Boa (CAB), desenvolvido por Itaipu e parceiros nos municípios lindeiros da Bacia do Paraná 3, transformou-se em um movimento socioambiental com vida própria, tão ou mais importante que o próprio programa. A avaliação é do diretor de Coordenação e Meio Ambiente da binacional, Nelton Friedrich, ao analisar o balanço do Encontro Cultivando Água Boa +8, que acabou nesta sexta-feira (18), no centro de convenções do Rafain Palace Hotel, em Foz do Iguaçu.
   
“O maior resultado é que se constatou de maneira muito profunda o quanto nós crescemos na conscientização e no relacionamento com o próximo”, afirmou Friedrich. “É um empoderamento dessa luta, dessa causa, e isso não tem como avaliar senão pela dimensão humana-participativa. A vitalidade comunitária ficou atestada de maneira extraordinária”, destacou.
  
A força do movimento, segundo o diretor, pode ser avaliada por três ações divulgadas durante o CAB +8: o lançamento de um livro pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), uma das instituições de ensino mais importantes do País; a apresentação de um filme franco-polonês com roteiro de exibições já traçado pela Europa; e a conclusão de uma tese de doutorado na Universidade de Pisa, na Itália, uma das mais antigas do mundo. Tudo tendo como objeto de análise a experiência do Cultivando Água Boa.
   
Além disso, o climatologista Carlos Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e integrante do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), da Organização das Nações Unidas (ONU), afirmou que um programa como o CAB deveria ter dimensão global. Nobre é considerado um dos maiores especialistas em clima do Brasil.
 
Friedrich também destacou as dezenas de depoimentos apresentados no encontro, tanto por trabalhadores atendidos pelo programa como por gestores públicos e meio acadêmico. “Depoimentos autênticos, espontâneos, que brotaram do sentimento, do coração”, apontou. “Isso deu uma demonstração muito forte desta caminhada e das conquistas já alcançadas e que devem continuar”.
     
Chamado ao palco pelo próprio Friedrich, o diretor-geral brasileiro da Itaipu, Jorge Samek, disse que o Cultivando Água Boa se transformou não apenas em uma causa, mas em uma família formada pelos grupos envolvidos. Segundo ele, “um outro mundo é possível, sem ódio, com respeito, amor, sem diferenças e profundo respeito ao nosso planeta”. “Aqui já estamos conseguindo transformar esse sonho em realidade”, ressaltou, destacando o papel dos parceiros para viabilizar o programa. “Nós aqui estamos fazendo a nossa parte”.
  
Emoção
 
A cerimônia de encerramento do CAB +8 teve dança, apresentações de música, intervenções teatrais e clipe com imagens do próprio evento. Ninguém arredou o pé do salão. Várias bolas infláveis, representando o planeta Terra, foram lançadas para as pessoas, ao som de “O que é que é”, sucesso de Gonzaguinha. No final, o cantor e compositor Sérgio Reis fez o show de despedida. “É uma honra estar neste evento e saber que existem pessoas que pensam no futuro”, elogiou o cantor sertanejo.