Mais de 50 lideranças italianas assistiram à apresentação sobre o 2° Fórum Mundial de Desenvolvimento Econômico Local, nesta sexta-feira (13), na Embaixada do Brasil em Roma, na Itália. O Fórum será realizado em Foz do Iguaçu, entre 29 de outubro e 1° de novembro, com o apoio da Itaipu.

Para os organizadores do evento, é importante atrair a vinda de italianos para os debates, já que foi naquele país que se construiu o conceito de desenvolvimento econômico local, como ressaltou em discurso o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek.

As autoridades italianas, entre elas o vice-ministro de Relações Exteriores, Mario Giro, que é responsável pelas relações italianas com a América Latina, foram recepcionadas pelo embaixador brasileiro, Ricardo Neiva Tavares, que ressaltou a importância do desenvolvimento econômico local na atualidade.

Em seguida, Jorge Samek, depois de agradecer o apoio da embaixada, apresentou Itaipu e destacou as ações da empresa alinhadas ao conceito de desenvolvimento local, como o Programa Cultivando Água Boa e o de Energias Renováveis.

Samek falou ainda sobre o Parque Tecnológico Itaipu e as articulações da usina com a Associação dos Municípios do Oeste do Paraná, com o Sebrae e a Caciopar, entre outras instituições, que comprovam que a empresa possui compromisso com o território onde está inserida.

FAO

O diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), o brasileiro José Graziano da Silva, reconheceu o apoio da Itaipu a projetos de agricultura familiar e produção local de alimentos, que contam com parcerias da instituição internacional.

O coordenador local do 2° Fórum Mundial de Desenvolvimento Econômico Local, Herlon de Almeida, assistente da diretoria da Itaipu, apresentou as ações da binacional e do Sebrae para o sucesso do evento. Ele disse que a região trinacional - onde já há diversas ações desenvolvidas por Itaipu, o PTI, o Sebrae e universidades, entre outras instituições - quer cooperar com outras para o desenvolvimento territorial.

Finalmente, o coordenador do Programa ART/PNUD, Giovanni Camilleri, apresentou detalhadamente o 2º Fórum e convidou a comunidade italiana, que inclui governos e entidades não governamentais, a mobilizarem suas regiões para participar do encontro.

Ele concluiu afirmando que a vinda a Foz do Iguaçu “já vale pela beleza das Cataratas, mas terá importância ainda maior pelas ações territoriais em desenvolvimento, que serão apresentadas e divulgadas no Fórum”.

De Itaipu compõem a comitiva o diretor de Coordenação, Nelton Friderich; o superintendente de Energias Renováveis, Cícero Bley Júnior; e o assistente do diretor-geral brasileiro e coordenador do Sistema de Gestão da Sustentabilidade (SGS), Herlon Goelzer de Almeida.

Fórum

No encontro em Foz, representantes de governos, empresas, instituições de ensino e ONGs de todo o mundo discutirão formas de fomentar a economia sustentável dos territórios. O fórum será realizado no Hotel Mabu, pela Itaipu Binacional, Sebrae, Progama das Nações Unidas de Desenvolvimento (PNUD) e Fórum Andaluz de Municípios pela Solidariedade Internacional (Famsi). Mais de 3,5 pessoas de diversos países são aguardadas.

Uma das grandes propostas do evento, presente em vários dos 43 painéis já definidos, é a criação de políticas que permitam o desenvolvimento territorial das regiões do mundo inteiro. Isso significa construir a capacidade econômica de uma região para melhorar a economia e a qualidade de vida local.

É, segundo definição do Banco Mundial, um processo pelo qual setores público, privado e não governamental se unem para trabalhar coletivamente e criar melhores condições para o crescimento e a geração de empregos.

O primeiro foi na Espanha

O 2º Fórum Mundial de Desenvolvimento Econômico Local faz parte de um processo que começou com os preparativos do 1º Fórum Mundial de Agências de Desenvolvimento Local “Território, Economia e Governança Local: novos olhares para tempos de mudanças”, realizado em Sevilha, em outubro de 2011.

O primeiro encontro reuniu 1.300 participantes, de 47 países, para trocar experiências e instrumentos territoriais para o desenvolvimento econômico local e para explorar a sua relação com estratégias nacionais de desenvolvimento local e com o debate global sobre o desenvolvimento humano sustentável.