Líder mundial na geração de energia limpa e renovável

Responsabilidade Social
Anteprojeto do Mercado Público de Foz do Iguaçu prevê 120 lojas
Tamanho da letra
11/10/2014

O anteprojeto arquitetônico do Mercado Público Municipal de Foz do Iguaçu, uma antiga reivindicação dos iguaçuenses, foi concluído esta semana. Para executar as obras serão necessários recursos estimados em R$ 45 milhões. A previsão é que o mercado seja inaugurado em 2017, com 120 lojas.

“Esses recursos terão que ser captados, tendo como opções possíveis o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que dá apoio a vários projetos que têm caráter de inclusão produtiva, como o mercado de Foz, e ministérios”, explica Herlon Goelzer de Almeida, da Itaipu Binacional, um dos coordenadores do grupo de trabalho criado para viabilizar a obra.

Além da Itaipu, participam da iniciativa a Fundação Parque Tecnológico Itaipu (FPTI) e a Prefeitura de Foz do Iguaçu. O município cedeu uma área de 10 mil m², na Avenida José Maria de Brito, na Vila Portes, onde antigamente funcionava o Departamento Municipal de Serviços e Manutenção (DRM), para a construção do mercado. A FPTI será responsável pela construção e gestão do espaço.

O diretor presidente da FPTI, Juan Carlos Sotuyo, diz que a construção do mercado público é uma contribuição da entidade para o processo de desenvolvimento de Foz e região. “Essa iniciativa vem ao encontro da nossa missão, que é promover o desenvolvimento territorial sustentável por meio da educação, ciência, tecnologia, inovação, cultura e empreendedorismo.”

E complementa: “Mais do que fomentar atividades comerciais e gastronômicas que apoiem o desenvolvimento territorial, o mercado público será um local de convivência, entretenimento e lazer, que reunirá todas as etnias que hoje vivem em Foz do Iguaçu. Por isso, a nossa proposta é que cada comunidade encontre, nesse mercado, um pedaço da sua terra, representada pela sua cultura, gastronomia e pelos seus produtos”.

O Mercado Público Municipal criará um atrativo importante para a região onde será implantado o projeto Beira Foz, que prevê um novo zoneamento e a revitalização da área de 34 quilômetros entre a usina de Itaipu e o Parque Nacional do Iguaçu.

Pelo anteprojeto do mercado, estão previstas de 100 a 120 lojas de comércio e serviços, com foco especial nos hortigranjeiros, permitindo reduzir o número de “atravessadores” e facilitar a venda direta do produtor ao consumidor. Também será facilitada a venda de produtos orgânicos, que hoje têm pouco espaço no mercado convencional.

Outro carro-chefe do mercado será a gastronomia diversificada de Foz do Iguaçu, onde vivem mais de 70 etnias. Haverá ainda áreas para convivência e entretenimento dos moradores e turistas e, também, para ações culturais.

O secretário municipal de Turismo, Jaime Nascimento, disse que o mercado atende a um sonho antigo dos iguaçuenses e preenche uma lacuna de Foz do Iguaçu na parte cultural. “Os mercados municipais servem como atrativos turísticos e o nosso vai ser um instrumento efetivo para dar maior visibilidade à nossa diversidade cultural e aumentar a permanência dos visitantes em Foz e região.”

O projeto

O anteprojeto do Mercado Público Municipal de Foz do Iguaçu foi feito pela empresa 3C Arquitetura e Urbanismo, contratada pela FPTI a um custo de R$ 200 mil. O próximo passo será desenvolver os projetos executivos e complementares, que devem ser concluídos num prazo de cinco meses.

O grupo de trabalho formado em julho deste ano, depois da cessão da área pela Prefeitura, detalhou a concepção de projetos e o mix de produtos e serviços que serão oferecidos no local.

Depois dos projetos prontos, haverá audiências públicas para ouvir a opinião e sugestões da comunidade. Os debates deverão ocorrer na Câmara de Vereadores, na Associação Comercial e Industrial de Foz do Iguaçu (Acifi) e no Conselho de Desenvolvimento Econômico (Codefoz).

Paralelamente, o grupo de trabalho irá atuar para conseguir os recursos para a execução das obras. Herlon de Almeida lembra que o mercado passará a ser também uma fonte de recursos quando começarem a ser licitadas as lojas, por meio da permissão de uso dos espaços. “O potencial é imenso. Já existem muitos interessados”, afirma.

A previsão é que as obras comecem em 2015, com entrega prevista para 2017.