Líder mundial na geração de energia limpa e renovável

Sala de Imprensa
Cheia dos rios Iguaçu e Paraná provoca espetáculo e alerta
Tamanho da letra
24/06/2013

A maior cheia do ano nos rios Iguaçu e Paraná provoca espetáculo e contrastes na fronteira do Brasil com a Argentina e Paraguai. A cheia é provocada pelas chuvas intermitentes em várias partes do Estado do Paraná. Na confluência dos rios Iguaçu e Paraná a vazão é de 27 mil metros cúbicos de água por segundo (m³/s).
    
As Cataratas do Iguaçu, no Rio Iguaçu, registraram neste sábado (22) vazão recorde, com picos de até 11.800 m³/s. O volume ali é de quase dez vezes acima do normal, que varia entre 1.200 a 1.500 m³/s. Por questão de segurança, a administração do parque interditou as passarelas que dão acesso à Garganta do Diabo, no Parque Nacional do Iguaçu.
    
Já a usina de Itaipu, no Rio Paraná, verte como há muito não se via. Pelo vertedouro passaram 7,3 mil m³/s, nesta segunda-feira (24), às 10h.
De madrugada o vertimento chegou a 8.659 m³/s. É como se passassem por ali oito Cataratas (em sua vazão normal). O vertedouro está aberto de forma ininterrupta desde quinta-feira (20).

A produção da hidrelétrica é boa, mas não consegue domar tanta água, que não para de chegar. A vazão total no local é de 18 mil m³/s. Para a geração de energia, a usina utiliza uma média de 11 mil a 13 mil m³/s. O excedente é escoado pelo vertedouro. Em condições normais, a Itaipu opera na cota entre 219 a 220 metros acima do nível do mar. Hoje, a cota está em 220,45.

Alerta

A previsão para os próximos dias é de mais chuva. A situação é de alerta. Na região da Ponte da Amizade, o Rio Paraná está quatro metros acima do normal. Como precaução, desde o início da cheia, a Itaipu vem mantendo contato permanente com a Defesa Civil, repassando informações e antecipando cenários.

O problema é mais grave no bairro San Rafael, construído de forma irregular na área natural do Rio Paraná, em Hernandárias, cidade vizinha de Ciudad del Este e a Foz do Iguaçu. Algumas casas já foram atingidas. No lado brasileiro, por enquanto, não há risco de inundações.