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Integração ao sistema brasileiro
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O escoamento da energia de Itaipu para o sistema interligado brasileiro, a partir da subestação de Foz do Iguaçu no Paraná, é realizado por Furnas, Copel e ISA CTEEP. A energia em 50 Hz utiliza o sistema de corrente contínua de Furnas (Elo CC) e a energia em 60 Hz utiliza o sistema de 765 kV de Furnas e o sistema de 525 kV da Copel e da ISA CTEEP. E o Operador Nacional do Sistema (ONS) é o responsável pela coordenação e controle da operação da transmissão.
 
Sistema de Corrente Contínua - Furnas
 
O Elo de Corrente Contínua tornou-se necessário porque a energia produzida no setor de 50 Hz de Itaipu não pode se integrar diretamente ao sistema brasileiro, onde a frequência é 60 Hz. A energia produzida em 50 Hz em corrente alternada é convertida para corrente contínua e escoada até Ibiúna (SP), onde é convertida novamente para corrente alternada, mas agora em 60 Hz.
 
O sistema de transmissão é formado por duas linhas de ±600 kV, com extensão de aproximadamente 810 km, entre as subestações de Foz do Iguaçu (PR) e Ibiuna (SP). A conversão CA/CC é feita através de oito conversores em cada subestação, cada dois formando um polo, que compõem os dois bipolos em ±600 kV, sendo transmissão realizada através de quatro linhas, uma em cada polo. Esse sistema começou a operar em 1984.
 
Sistema de Corrente Alternada em 765kV – Furnas
 
Esse sistema leva a energia produzida pelo setor de 60 Hz de Itaipu (frequência brasileira) para a proximidade do centro de consumo da região Sudeste do Brasil e sua tensão de transmissão é de 765 kV. O sistema é composto de três linhas de transmissão entre as subestações de Foz do Iguaçu e Tijuco Preto (SP), na região metropolitana de São Paulo, cada uma com extensão de aproximadamente 900 km.
 
Em Tijuco Preto existem sete transformadores, para 500 kV e 345 kV, de forma a diversificar a sua distribuição. Ao longo do sistema existem ainda duas outras subestações, a de Ivaiporã (PR) e a de Itaberá (SP). Em Ivaiporã há conexão com a região Sul do Brasil através de transformadores para 500 kV, o que permite a otimização da geração de energia no sistema em função da disponibilidade energética. Ora o fluxo de energia nesses transformadores vai em direção ao Sul ora em direção ao Sudeste. Iniciou sua operação em 1986 e, até hoje, é o sistema de transmissão em corrente alternada de tensão mais elevada existente no Brasil.
 
Cada linha é constituída por cerca de 2 mil torres de transmissão. As linhas de correntes contínuas têm uma perda de energia menor do que as de corrente alternada em linhas muito longas.
 
Sistema de Corrente Alternada em 525kV – Copel e ISA CTEEP
 
Nos últimos anos, vários reforços foram incorporados no sistema de transmissão da interligação Sul-Sudeste, o que afeta a operação da UHE Itaipu 60 Hz e a transmissão pelo 765 kV. Mas os principais deles foi a entrada em operação da linha de transmissão de 525 kV entre as subestações de Foz do Iguaçu e Cascavel Oeste (LT 525kV CVO-FI), da Copel, em 2012 e a entrada em operação de duas linhas de transmissão entre as subestações de Foz do Iguaçu e Guaíra (LT 525kV FI-GUA 1 e 2), da ISA CTEEP, em 2022. Essas linhas de transmissão  aumentaram o acoplamento entre a UHE Itaipu 60 Hz e o sistema Sul, o que permitiu o aumento do recebimento de energia pela região Sul e a exploração total da geração na UHE Itaipu 60 Hz.
 
A comercialização da energia gerada pela Itaipu ao sistema interligado brasileiro é feita pela ENBPar. Clique na imagem para melhor visualização.
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