Dos mais de 200 mil eleitores cadastrados em Foz do Iguaçu e Santa Terezinha de Itaipu, apenas cerca de 10% compareceram ao Fórum Eleitoral para o recadastramento biométrico. Quem não fizer a regularização até 31 de março, terá o título de eleitor cancelado já no dia 1º de abril. “E não é mentira”, brinca – e alerta - o juiz eleitoral Geraldo Dutra de Andrade Neto, diretor do Fórum Eleitoral e coordenador da Revisão Biométrica da comarca de Foz do Iguaçu.

A revisão biométrica é obrigatória, mesmo para os eleitores facultativos que possuam o título, como jovens de 16 a 18 anos e idosos acima de 70 anos. O juiz lembra que só podem regularizar o título os residentes em Foz e Santa Terezinha de Itaipu, mediante comprovante de endereço original e recente. Também é exigida a apresentação de documento de identidade com foto (RG, passaporte, carteira profissional ou carteira de trabalho e previdência social).

Agendamento
Para quem faz o agendamento via site do Tribunal Regional Eleitoral, diz o juiz Geraldo Dutra, o recadastramento biométrico é rápido – “menos de dez minutos”. O atendimento no Fórum Eleitoral é das 9h às 18h, de forma ininterrupta, de segunda a sexta-feira. Para quem não faz o agendamento, a espera pode ser bem maior. O Fórum Eleitoral de Foz do Iguaçu fica na Avenida Costa e Silva, 1.599.

Para agendar dia e hora do seu atendimento, acesse http://www.tre-pr.jus.br/eleitor/agenda-biometria/agendamento-de-atendim... [1]. Depois, clique em “Solicitar agendamento” e siga aquilo que for pedido pelo site.

O recadastramento ou revisão biométrica permitirá saber quantos eleitores há em Foz do Iguaçu. Antes desta revisão, eram cerca de 188 mil (em Santa Terezinha de Itaipu, aproximadamente 20 mil). Em todo o Paraná, são mais de 7,8 milhões de eleitores, dos quais 25% já fizeram o cadastro biométrico, que evita a possibilidade de fraudes nas eleições. A biometria começou a ser usada pela Justiça Eleitoral em 2008.

Voto em papel
O juiz eleitoral Geraldo Dutra de Andrade Neto diz que a revisão biométrica será mantida mesmo que a Justiça Eleitoral seja obrigada a utilizar votos em papel, caso não seja solucionada a questão do bloqueio de recursos determinado pelo governo federal. O juiz acredita que “o governo e a Justiça Eleitoral vão entrar em acordo, para evitar que seja prejudicado o voto eletrônico”.

Em nota divulgada no dia 30, o Tribunal Superior Eleitoral informou que o contingenciamento de R$ 428 milhões do orçamento da Justiça Eleitoral para 2016 vai "inviabilizar" as eleições de 2016 por meio eletrônico e prejudicar outros projetos do próprio tribunal e dos Tribunais Regionais Eleitorais.