O Mob-i, programa de mobilidade inteligente desenvolvido pela Itaipu em parceria com a empresa portuguesa CeiiA - Centro de Excelência da Indústria da Mobilidade - vai englobar mais um projeto piloto. É o Mob-i ONU, que atenderá ao Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento (PNUD) no Brasil, em Brasília. Na próxima quarta-feira, 25, a Itaipu Binacional fará a entrega de dois veículos elétricos, modelo Renault Zoe, para o PNUD e à ONU Mulheres.  

A cerimônia está marcada para as 14h, na Casa da ONU, no Setor de Embaixadas Norte (SEN) – Quadra 802 – Bloco C – Lote 17.  A solenidade deve contar com a participação do coordenador residente do Sistema das Nações Unidas no Brasil e representante residente do PNUD, Jorge Chediek; do diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek; e da diretora financeira executiva de Itaipu e coordenadora do projeto de mobilidade inteligente, Margaret Groff.  

Lançado em junho de 2014, o Mob-i reúne os pilotos Ecoelétrico, em Curitiba, primeira cidade a receber o programa; o Eletromóvel, também em Brasília; o Mob-i Itaipu Foz, na Usina de Itaipu; e, agora, o Mob-i ONU.  

A ONU tem interesse no Mobi-i porque o programa contribui para a redução da emissão de gases poluentes e incentiva a pesquisa e o uso de energias renováveis. Integram a parceria a Renault do Brasil e a Fundação Parque Tecnológico Itaipu (FPTI).
“A iniciativa da Itaipu está alinhada à missão institucional do PNUD, que busca o desenvolvimento sustentável. A parceria trará resultados positivos para ambas as instituições. Para o PNUD, em especial, a associação como o Mob-i demonstrará seu compromisso com o desenvolvimento de tecnologias inovadoras que reduzam a emissão de gás de efeito estufa e utlizem recursos renováveis. Ademais, o programa da hidrelétrica permitirá ao PNUD maior coerência entre seu mandato e a operacionalização de seu escritório no Brasil”, disse Jorge Chediek.

O Mob-I utiliza a plataforma Mobi-me, sistema desenvolvido pelo CeiiA, que permite o monitoramento on-line, com a atualização de indicadores de energia elétrica consumida, número de viagens e distâncias percorridas, entre outras informações. O monitoramento inclui o cálculo dos gases de efeito estufa que deixam de ser lançados na atmosfera, principalmente o CO2, já que os veículos elétricos não provocam poluição do ar e nem sonora, pois o motor é silencioso. Esses dados podem ser acompanhados em www.ecoeletrico.curitiba.pr.gov.br [1].

Em 2014, o Mob-i foi escolhido como um dos cases da ONU na 20ª Conferência das Partes sobre Mudança Climática (COP-20) de Lima, no Peru. O programa foi escolhido com um dos 10 projetos de Sustentabilidade Urbana na América Latina, pelo ICLEI - Governos Locais pela Sustentabilidade e Konrad Adenauer Stiftung. O reconhecimento se deu graças ao benefício da iniciativa à mobilidade urbana sustentável.
Em um balanço dos quatro meses do funcionamento dos primeiros pilotos, aplicado nos 14 veículos, já foi possível deixar de emitir 4,2 toneladas de CO2.

Isso equivale ao nível de CO2 sequestrado por 30 árvores da Amazônia, além de uma economia de 20 barris de petróleo, ou R$ 6.800.
Para a diretora financeira de Itaipu, Margaret Groff, que coordena o projeto, o reconhecimento internacional mostra que as ações de Itaipu nas áreas de sustentabilidade, inovação e meio ambiente estão no caminho certo e poderão servir de referência, no futuro próximo, para a formulação de políticas públicas que melhorem a vida nas cidades com o desenvolvimento de novas tecnologias para a mobilidade urbana.

A aproximação do CeiiA com Itaipu foi natural. Desde 2006, a binacional, em parceria com a suíça KWO, desenvolve o Programa Veículo Elétrico, que tem o objetivo de estimular no País soluções de mobilidade elétrica. Já foram desenvolvidos dentro do programa protótipos de veículos de passeio, micro-ônibus e utilitários, todos com motores elétricos. Mais de 80 protótipos elétricos desenvolvidos por Itaipu, no período, circulam em Foz do Iguaçu e nas empresas parceiras do programa.