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A seleção sul-coreana chegou a Foz do Iguaçu na manhã desta quarta-feira (11) com uma recepção calorosa no Hotel Bourbon, depois de desembarcar no aeroporto às 11h44. Mais de 150 pessoas aguardavam os 23 jogadores e a comissão técnica na entrada do local onde eles ficarão concentrados.

 
“Nosso objetivo é atendê-los bem, e também mostrar a imagem do Destino Iguaçu ao maior número de pessoas por meio dos jornalistas coreanos e estrangeiros que estarão aqui neste período da Copa”, disse Gilmar Piolla, superintendente de Comunicação da Itaipu Binacional e presidente do Fundo Iguaçu, um dos financiadores da transformação do Estádio Pedro Basso (Flamenguinho) em Centro de Treinamento de Seleções da Fifa e responsável também pela construção do anexo Korea’s House (Casa da Coreia).

 
Na festa, na qual se misturaram as cores azul e vermelha da bandeira do país asiático ao verde e amarelo dos brasileiros, representantes da colônia sul-coreana presentearam os jogadores com buquês de flores.

 
Na chegada ao hotel, o elenco capitaneado pelo técnico Hong Myung-Bo atendeu as crianças e jovens enquanto ouviam a execução dos hinos do Brasil e da Coreia do Sul, o “Aegukga” (em português, canção de amor pelo país). As músicas foram executadas pela banda do 34º Batalhão de Infantaria Mecanizado (34º Bimec). "Levamos um mês para conseguir a partitura e dedicamos três semanas de ensaio para hoje", disse o regente da banda, tenente Luiz César Tavares Moreira.

 
O brasileiro Denis Iwamura, analista de rendimento da seleção coreana, disse que o time está feliz com a acolhida local. “Foi muito boa a recepção”, afirmou. 

  
Além dos conterrâneos e seus descendentes, os sul-coreanos atraíram dezenas de jornalistas estrangeiros ao Bourbon. Mais de 200 profissionais de imprensa são aguardados em Foz durante a estadia da Coreia do Sul. No dia 13, será inaugurado o media center (centro de mídia) para os jornalistas.

Tigres em ação

Em terra de onça-pintada, são os tigres – animal símbolo do equipe – que dividirão as atenções dos brasileiros nesta primeira fase da Copa do Mundo em Foz do Iguaçu.

 
As forças de segurança estão mobilizadas para os deslocamentos da delegação entre o Bourbon e o Centro de Treinamento. Seiscentos homens do Exército reforçam o efetivo da “Operação Copa”, comandada pela 15ª Brigada de Infantaria Mecanizada de Cascavel.

 
No Bourbon, a delegação ocupará dois andares do hotel. A transmissão de canais de TVs coreanos teria sido a única exigência da equipe, segundo a gerência do estabelecimento. Um chef de cozinha próprio veio para acompanhar o elenco.
 
Primeiro treino

  
Se o ritmo de festa prosseguir, os jogadores devem encontrar uma torcida afetiva em Foz. O primeiro teste em campo será nesta quarta-feira (11), quando a seleção faz seu treino de reconhecimento no Centro de Treinamento de Seleções (CTS) do Flamenguinho/Estádio Pedro Basso. O evento será aberto à população, com limite de 800 participantes.

Entre as torcedoras, está a sul-coreana Dain Oh, 14 anos, nascida em Seul e moradora de Foz do Iguaçu. “Estamos todos felizes. Não é todo dia que temos a oportunidade de participar de uma Copa do Mundo ou de termos contato com os jogadores”, disse a jovem. “Vou torcer para a Coreia do Sul até onde ela chegar, depois minha torcida é para o Brasil”, completou Dain, uma das estudantes que foram a hotel nesta manhã.

Da torcida local, a maior expectativa recai sobre o desempenho dos atacantes Koo Jacheol, atleta do Mainz, da Alemanha, e Park Chu-Young, jogador do Watford, da Inglaterra. “Temos muita fé e esperança neles nesta Copa. É uma oportunidade única ter a seleção perto”, afirmou a coreana Lucia Suh, uma das organizadoras da caravana ao hotel. A melhor campanha da Coreia do Sul foi em 2002, quando o tigre ficou em quarto lugar jogando em casa.

 
Na região de Foz do Iguaçu vivem cerca de mil coreanos. No Brasil, a colônia é de cinquenta mil pessoas. Em 2013, a imigração coreana no Brasil completou meio século.