De Norte a Sul do Brasil, organizações pequenas, médias e grandes já mostram sinais positivos de mudança na cultura da equidade de gênero. Das 186 empresas inscritas no Prêmio WEPs Brasil, 75 atendem plenamente a um dos princípios de equidade e empoderamento da mulher: promoção de educação, formação e desenvolvimento profissional de empregadas de forma idêntica ao que é feito com empregados.
Dessas 75 empresas, 32 serão homenageadas no próximo dia 31 de março, em solenidade no Teatro Positivo, em Curitiba. Algumas receberão troféus nas categorias ouro, prata e bronze ou menção honrosa, conforme pontuação obtida no Prêmio WEPs Brasil. Todas receberão certificado de finalistas.
O prêmio tem por objetivo promover a cultura da igualdade de gênero entre as empresas brasileiras, com base nos Princípios de Empoderamento das Mulheres (WEPs, do inglês Women’s Empowerment Principles).
A promoção do prêmio é da Itaipu Binacional, em conjunto com o Portal Tempo de Mulher e o Espaço das Mulheres Executivas do Paraná (MEX-PR), em parceria ainda com diversas instituições. A iniciativa tem a chancela do Pacto Global da ONU e da ONU Mulher, criadores dos WEPs.
Respeito à diversidade
A diretora financeira executiva de Itaipu, Margaret Groff, idealizadora do prêmio, diz que é papel fundamental das empresas criar condições para as mulheres nos negócios. “Nós acreditamos que a melhor forma de incentivar a equidade de gênero é criar uma cultura de respeito à diversidade por meio das empresas, sejam pequenas, médias ou grandes”.
“Empoderar as mulheres é uma questão de direito fundamental e justiça, já que qualquer ser humano deve ser ouvido em condição de igualdade e respeito, independentemente de gênero, raça, religião ou opção sexual”, completa a diretora.
Os WEPs têm sete princípios:
1. Estabelecer uma liderança corporativa de alto nível para a igualdade de gênero.
2. Tratar todos os homens e mulheres de forma justa no trabalho – respeitar e apoiar os direitos humanos e a não discriminação.
3. Assegurar a saúde, a segurança e o bem estar de todos os trabalhadores e trabalhadoras.
4. Promover a educação, a formação e o desenvolvimento profissional das mulheres.
5. Implementar o desenvolvimento empresarial e as práticas da cadeia de abastecimento e de marketing que empoderem as mulheres.
6. Promover a igualdade através de iniciativas comunitárias e de defesa.
7. Medir e publicar relatórios dos progressos para alcançar a igualdade de gênero.
Solenidade
A solenidade terá a participação de CEOs e diretores das empresas envolvidas no processo de criação do prêmio, de autoridades e de convidados especiais - homens e mulheres responsáveis por promover e incentivar uma cultura de equidade para trabalhadores e trabalhadoras no mercado de trabalho.
Já confirmaram presença no evento o presidente do Pacto Global no Brasil, Jorge Soto; da diretora da ONU Mulher, Nadine Gasman; a diretora da Global Reporting Initiative (GRI), Glaucia Térreo; a presidente do Instituto de Pesquisa do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Samyra Crespo; o diretor do Planeta Sustentável, Caco de Paula; e a jornalista e empresária Ana Paula Padrão, responsável pelo Portal Tempo de Mulher.
Prêmio e experiência
Reconhecida internacionalmente pela prática de políticas de equidade – são dez anos de trabalho voltado para essas questões -, a Itaipu Binacional recebeu em 2013 o WEPs Leadership Awards, concedido pela ONU Mulher e Pacto Global da ONU.
Essa premiação incentivou Itaipu a liderar, com diversos parceiros, a realização do prêmio WEPs Brasil 2014, como uma forma de propagar essa cultura entre as empresas brasileiras de todos os portes.
Inscritos
O WEPs Brasil 2014 recebeu, na primeira fase, inscrições de 186 organizações brasileiras de todos os portes. Desse total, 75 foram classificadas na etapa de elegibilidade, das quais 35 são pequenas e microempresas, 21 são de grande porte e 19 de médio porte.
Todas as regiões brasileiras estão representadas: 42 empresas são da Região Sul, 24 do Sudeste, três do Nordeste, três do Norte e três do Centro-Oeste.
“A grande adesão e a diversificação de empresas inscritas de diferentes regiões mostram que o empresariado brasileiro vem se preocupando em promover a equidade de gênero entre seus públicos interno e externo”, diz Margaret.
