Foi assinado, nesta segunda-feira (25), na Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento (Seab), em Curitiba, o termo de cooperação para a instalação da primeira unidade no Brasil de coordenação de projetos da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO). O diretor-geral brasileiro, Jorge Samek, e o assessor da Diretoria Geral Brasileira e coordenador do Sistema de Gestão da Sustentabilidade da Itaipu, Herlon Goelzer de Almeida, participaram da solenidade.
O escritório funcionará no Instituto Emater, na capital, e terá o objetivo de identificar experiências positivas no campo da agricultura nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Uma segunda unidade ainda será instalada em Foz do Iguaçu, no Parque Tecnológico Itaipu (PTI), em abril.
O projeto é uma parceria entre a FAO, a Seab, a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e a Itaipu – que participa com o aporte de recursos para a manutenção operacional das duas unidades da FAO, em Curitiba e em Foz, e cedendo espaço para o segundo escritório, no PTI. O orçamento das unidades será de US$ 320 mil anuais. A binacional financiará US$ 120 mil por ano, pelo período de três anos; e a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), os outros US$ 200 mil anuais.
A escolha do Paraná como sede se deve à importância agrícola do estado e ao acúmulo de experiência positivas desenvolvidas pelos parceiros da ação.
"O Paraná tornou-se um laboratório a céu aberto de boas práticas agrícolas, que conciliam a produção e a preservação do meio ambiente", disse Samek.
Segundo o representante da FAO no Brasil, Alan Bojanic, a descentralização dos escritórios da entidade "é uma experiência de solidariedade muito grande”. “Queremos levar as experiências bem-sucedidas dos estados do Sul para países da América Latina e África, e trazer técnicos desses países para adquirirem conhecimento aqui”, explicou.
Ele também destacou que o acordo é um momento histórico para os estados do Sul. "Até hoje, a FAO só tinha escritórios em capitais federais. Esta é uma experiência piloto que pode ser levada para outras regiões do Brasil, como o Nordeste e a Amazônia."
Atividades
Entre as atividades, iniciativas, programas e projetos a serem "exportados" estão a promoção do desenvolvimento rural sustentável; a segurança alimentar e nutricional; a produção de alimentos; a preservação ambiental; a conservação de solo e água; a sanidade vegetal e animal; a promoção das energias renováveis e a inclusão sócio-produtiva, centrada na expansão e no fortalecimento da agricultura familiar.
Autoridades presentes
Também compareceram à solenidade o secretário nacional de Segurança Alimentar do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Arnoldo Anacleto Campos; o secretário nacional de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Paulo Guilherme Francisco Cabral; o reitor da Universidade Federal do Paraná, Zaki Akel Sobrinho; o secretário de Estado do Trabalho, Emprego e Economia Solidária, Luiz Cláudio Romanelli; o deputado estadual Elton Welter (PT); a assessora do secretário de Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul, Sabrina Parrino; e o diretor-presidente do Instituto Emater, Rubens Ernesto Niederheitmann; além de representantes de diversas entidades ligadas à agropecuária.
