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A Itaipu Binacional foi uma das participantes do International Fish Congress & Fish Expo Brasil 2023 (IFC Brasil), que aconteceu entre os dias 19 e 21 de setembro, em Foz do Iguaçu (PR). O diretor-geral brasileiro da usina, Enio Verri, foi uma das autoridades presentes na abertura, e a equipe técnica da Diretoria de Coordenação participou de encontros de alinhamento e apresentações científicas.

Enio Verri na abertura do IFC 2023. Foto: Alexandre Marchetti/Itaipu Binacional

Segundo Enio Verri, a pauta da pesca é fundamental para a Itaipu. “Já na minha posse, em março, o presidente Lula me deu uma tarefa: explorar a tilápia no lago de Itaipu. E sei que o ministro André de Paula também tem essa tarefa”, afirmou o diretor, referindo-se ao ministro da Pesca e Aquicultura, também presente no evento.

“O Paraguai tem uma lei que não permite a criação de peixes considerados exóticos, como é o caso da tilápia”, explicou Verri. “Mas já conversamos com o presidente Santiago Peña, que não sabia dessa lei e já está articulando com seu Congresso para modificá-la. Essa é uma tarefa de relações internacionais, que temos condições de resolver de forma muito rápida. Acharemos uma maneira de fazer com que o Brasil e o Paraguai sejam grandes exportadores desse pescado”, afirmou.

Durante o evento, equipes da Itaipu fizeram encontros de alinhamento com o Ministério e com a Secretaria Nacional da Aquicultura para discutir os encaminhamentos para avançar nas negociações com o país vizinho em relação à regularização da engorda de tilápias em tanques-rede no reservatório de Itaipu.

Também foi alinhada a celebração de um Acordo de Cooperação Técnica que contemplará entregas nas áreas de aquicultura familiar e pesca profissional, em consonância com os objetivos e programas estabelecidos pelo governo federal.

Equipes da Itaipu, Ministério e Secretaria. Foto: Alexandre Marchetti/Itaipu Binacional

Ainda dentro do Acordo, serão debatidos temas sensíveis e estratégicos ao desenvolvimento socioeconômico do território, como a exploração sustentável do potencial aquícola do reservatório de Itaipu, a valorização e o desenvolvimento sustentável da pesca artesanal, o compartilhamento de banco de dados e a realização de eventos técnicos.

Participantes

Participaram da abertura do IFC Brasil 2023 o ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula; o governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior; o diretor financeiro executivo da Itaipu, André Pepitone; o diretor de Coordenação da Itaipu, Carlos Carboni; os secretários estaduais da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, do Desenvolvimento Sustentável, Valdemar Bernardo Jorge, e do Turismo, Marcio Nunes; os presidentes da Invest Paraná, Eduardo Bekin; da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná, Otamir César Martins, e do IAT, Everton Souza; os deputados federais Luiz Nishimori e Elton Welter, e o deputado estadual Hussein Bakri; além de representantes do setor.

Evento

Com o tema “Das águas à mesa do consumidor: por uma cadeia competitiva, sustentável e focada no mercado global”, a 5ª edição do IFC Brasil reuniu 50 conferencistas brasileiros e do exterior, com a participação de mais de 100 empresas. Foram apresentados 130 trabalhos, recorde dentro de todas as cinco edições do evento.

Um desses trabalhos foi do técnico da Divisão de Reservatório da Itaipu, Celso Carlos Buglione Neto, mestre em Aquicultura pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que mostrou os resultados de uma pesquisa sobre a engorda de alevinos de pacu no sistema de bioflocos (BFT).

Segundo o presidente do IFC Brasil, Altemir Gregolin, hoje a feira é uma das maiores da América Latina. “Este é um evento vitorioso, pois o setor acredita nele. Aqui reunimos o setor produtivo, a academia e o governo, alinhando expectativas e pensando a longo prazo”, salienta. “Mais do que um negócio, o IFC é um instrumento de apoio ao desenvolvimento do setor, buscando contribuir para o Brasil se tornar um grande produtor de pescado”.

O evento contou com a coorganização da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) e patrocínio do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Copel, Fomento Paraná, Sanepar, entre outras organizações, como Ministério de Pesca e Aquicultura, Itaipu Binacional, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.