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Acompanhados do diretor-geral brasileiro, Jorge Samek, os integrantes da Comissão de Implantação da Universidade de Integração Latino-Americana (Unila) conheceram ontem pela manhã o local onde será construída a sede da instituição. O grupo também recebeu uma promessa de Samek: ele vai interceder para que o arquiteto Oscar Niemeyer faça o projeto, sem custos, de um dos prédios da nova escola superior.

Diretores de Itaipu analisam o projeto

Antes da visita, a Comissão participou de uma reunião no Centro Executivo, onde o diretor-geral brasileiro, Jorge Samek, o diretor técnico executivo, Antonio Otélo Cardoso, o diretor de Coordenação, Nelton Friedrich, e o prefeito de Foz do Iguaçu, Paulo Mac Donald Ghisi, manifestaram total apoio ao projeto.

O grupo foi até o local da futura sede da universidade acompanhada de técnicos, que efetuarão o levantamento de informações básicas para a construção da universidade.

Terreno onde será construída a universidade soma cerca de 40 hectares

O local fica em uma área de quase 40 hectares e está estrategicamente situado em um espaço entre o Ecomuseu e o Parque Tecnológico Itaipu (PTI). Hoje, a área é utilizada para estocar a areia que não foi aproveitada na construção da usina. Há dois acessos até o terreno: um pelo Ecomuseu e outro logo atrás da barreira de controle da margem esquerda da usina.

De acordo com o engenheiro agrônomo Newton Luiz Kaminski, superintendente de Obras e Desenvolvimento, será feito um plano de zoneamento para integrar a Unila, o Ecomuseu e o PTI. A edificação estará sintonizada com a preocupação ambiental. “Adotaremos conceitos de sustentabilidade, como, por exemplo, no reaproveitamento da água e no consumo de energia elétrica”, explica Kaminski. Há um cuidado especial, já nesta etapa, com as linhas de transmissão de energia que passam sobre o terreno e que devem ficar longe dos futuros prédios.

Satisfação

A área agradou ao grupo. “A vizinhança com o Ecomuseu será aproveitada, pois é da natureza do espaço apresentar a história da usina e da região, além da antropologia e da formação étnica, o que terá uma relação acadêmica conosco”, destacou Hélgio Trindade (à esquerda), presidente da Comissão, ao avaliar o local. “Ele é excelente, com a combinação de espaço verde e outros prontos para começar a receber construções”, complementa.

Acompanhando atentamente a visita, o prefeito ressaltou a importância dessa fase do trabalho, que, segundo ele, “é de uma responsabilidade muito grande”. “Qualquer decisão errada nesta etapa vai se multiplicar por décadas. Agora, tudo precisa ser muito bem pensado”, destacou Paulo Mac Donald, que também é engenheiro.

Os participantes da Comissão de Implantação da Unila ficaram animados com a boa-nova transmitida pelo DGB. “Vamos procurar o arquiteto Oscar Niemeyer, que projetou o novo centro administrativo de Itaipu, para pedir que faça um projeto para a Unila de forma voluntária, sem custos, dando mais uma contribuição ao Brasil e à integração na América Latina”, afirma Samek. A idéia também faz parte de um plano que pretende incluir obras arquitetônicas ao conjunto de atrações turísticas em Foz, com o objetivo final de ampliar o tempo de visitação na cidade e, assim, estimular a economia local.

Ainda não há previsão de quando as obras para a construção da sede própria da Unila devem começar, nem tampouco de quando serão entregues. Mas, enquanto isso não acontecer, as aulas – com início previsto para o segundo semestre de 2009 – serão realizadas provisoriamente em dois blocos do PTI.