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Cerca de 2 mil pessoas lotaram a arena central do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia, montada no mirante do vertedouro, dentro da usina hidrelétrica de Itaipu, em Foz do Iguaçu. Ao custo de apenas um quilo de alimento não-perecível, o público assistiu durante a manhã deste domingo, dia 9, à disputa entre os melhores atletas do vôlei brasileiro de praia. Os mantimentos arrecadados serão doados ao Provopar (Programa do Voluntariado Paranaense).

O favoritismo prevaleceu nas duas disputas. Atuais tricampeãs mundiais e brasileiras, Juliana e Larissa derrotaram com facilidade a dupla Maria Clara e Carolina, filhas de Isabel, ex-atacante da seleção brasileira de vôlei de quadra. No masculino, os campeões olímpicos Ricardo e Emanuel venceram com um pouco mais de dificuldade a dupla baiana Paulo Emílio e Moisés. As duas partidas terminaram por dois sets a zero. Como premiação, a dupla masculina recebeu um cheque do BB de R$ 32,9 mil e a dupla feminina ganhou R$ 30,8 mil.

Várias autoridades participaram do evento, entre elas, o diretor-geral brasileiro da Itaipu, Jorge Samek, e o prefeito de Foz do Iguaçu, Paulo Mac Donald Ghisi. Desde ontem em Foz, a convite de amigos, o ex-tenista Gustavo Kuerten também assistiu às partidas decisivas. Na manhã de sábado, Guga participou de uma visita técnica à usina e conheceu os projetos desenvolvidos pela empresa. Depois do passeio, o atleta se disse impressionado com a magnitude da obra e, principalmente, com os programas ambientais da usina. 

Impressão feminina e masculina

Pela primeira vez na história, o campeonato aconteceu distante do circuito convencional, em um dos cenários turísticos mais importantes do Sul do país: a hidrelétrica de Itaipu. Antes, as etapas eram realizadas apenas nas capitais brasileiras ou em cidades litorâneas. O campeonato reuniu as melhores duplas brasileiras listadas no ranking da CBV, entre as quais quatro atletas que já venceram etapas  do Circuito Banco do Brasil no Paraná: Franco (CE); o capixaba Loiola; o pernambucano Lula e o carioca Pará.

O cenário impressionou os campeões da etapa em Foz. "Foi inusitado jogar aqui. Acho que o belo cenário e a energia produzida pela usina trouxeram mais vibração para a nossa dupla dentro da quadra", disse Larissa, logo após vencer a partida final.

Para o paranaese Emanuel, jogar em casa e em Itaipu foi um momento especial em sua carreira. “Estamos nos preparando forte para Pequim (Olimpíadas) e esta etapa na usina certamente nos fortaleceu para continuarmos trabalhando. Esse cenário é lindo e inspirador para nós. Ele representa um dos mais belos pontos turísticos do Paraná”.  

Parceria

A etapa em Foz foi possível graças a uma parceria inédita firmada entre a Itaipu Binacional, Banco do Brasil (BB), Prefeitura de Foz do Iguaçu e  Confederação Brasileira de Vôlei (CBV).

“Quebramos um tabu ao trazermos uma das etapas do circuito para Foz, porque o Banco do Brasil tem como estratégia priorizar os eventos promovidos nas capitais do país”, disse Simão Luiz Kovalski, gerente executivo de Promoções e Patrocínios, do BB.

O superintendente esportivo da CBV, Marcelo Wangler, fez uma breve análise do campeonato: “A avaliação da etapa em Foz é 100% positiva, já que conseguimos lotar a arena em todos os dias, garantir um ótimo nível de organização e apresentar para todo o Brasil uma das maiores obras de engenharia do mundo”.

Segundo ele, a Confederação tem grande interesse em trazer o circuito ano que vem outra  vez para Foz. Para isso, adiantou, será preciso estudar o calendário esportivo e avaliar  novamente o desejo das instituições engajadas no evento em fechar novas parcerias.

“Certamente, temos o anseio de trazer mais um campeonato para a cidade, mas precisamos respeitar o cronograma porque fazemos um rodízio pelas cidades brasileiras com o intuito de divulgar o esporte”, frisou.