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Prestes a completar 5 anos de existência, o programa socioambiental Cultivando Água Boa, criado pela Itaipu Binacional em 2003 e desenvolvido, atualmente, com mais de 1.700 parceiros, será avaliado em encontro regional, de hoje (quarta-feira) até sábado, no Centro de Convenções de Foz Iguaçu. O IV Encontro Cultivando Água Boa é o maior evento anual da Itaipu, pela mobilização que provoca, particularmente em torno das questões ambientais. O encontro inclui a VI Feira Vida Orgânica – de alimentos orgânicos e artesanato –, uma das atividades do projeto Agricultura Orgânica, desenvolvidas dentro do Cultivando Água Boa. 

Neste ano, paralelamente, haverá também a Conferência Regional do Meio Ambiente, promovida pela Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná, e a V Mostra e Seminário de Educação Ambiental do Parque Nacional do Iguaçu. Para os três eventos simultâneos estão inscritas perto de 3.000 pessoas, principalmente as que participam do Cultivando Água Boa, além de representantes de segmentos sociais, instituições governamentais e não governamentais regionais, estaduais e nacionais envolvidas na causa ambiental. 

 
A programação compreende ainda a reafirmação do Pacto pela Vida Sustentável, celebrado no III Encontro, em 2006; o II Encontro de Especialistas em Educação Ambiental do Centro de Saberes e Cuidados Socioambientais da Bacia do Prata, a formatura do Curso de Formação de Educadores Ambientais (FEA); o encontro de gestores públicos da Bacia do Paraná III, com o tema “Experiência de boas práticas de gestão ambiental”; e a I Mostra de Ações Ambientais dos Municípios da BP III.

Participações ilustres

O IV Encontro Cultivando Água Boa terá a participação de personalidades brasileiras, em palestras e debates sobre questões ambientais. Entre elas, Leonardo Boff, teólogo, escritor e ativista ambiental; Paulo Nobre, do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE); Letícia Sabatella, atriz e ambiental; e Enrique Leff, coordenador da Rede de Educação Ambiental do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).

  
O Programa Cultivando Água Boa foi lançado em junho de 2003, num encontro semelhante a este programado para os próximos dias, com participação de 1.500 pessoas; o segundo encontro, em setembro de 2004, teve 2.000 participantes; e do terceiro, em novembro de 2006, participaram 2.780 pessoas. Em 2005 o evento não foi realizado, porque deu lugar ao Fórum Internacional Diálogos da Bacia do Prata. 

Esses encontros anuais obedecem a um dos fundamentos da gestão por bacia hidrográfica adotados pelo Cultivando Água Boa, o método PDCA (na sigla em inglês): Planejamento, Desenvolvimento (execução da ação), Controle (avaliação) e Ação (retomada). Assim, o encontro é o momento de rever o que foi pensado e planejado, avaliar o executado e projetar o futuro da luta socioambiental na Bacia Hidrográfica do Paraná III – área de influência da hidrelétrica da Itaipu.   

 
O grande objetivo   

De acordo com o método PDCA, os participantes do IV Encontro Cultivando Água Boa vão se reunir, segundo os organizadores, em torno deste objetivo: “Expor, compartilhar e avaliar as práticas sustentáveis, decorrentes do movimento socioambiental promovido pela Itaipu Binacional por meio do programa Cultivando Água Boa nos 29 municípios da BP III, estimulando as parcerias, iniciativas e conceitos, pelo diálogo, mesas redondas, feira de produtos orgânicos e exposições, reafirmando o Pacto pela Vida Sustentável, pelo qual os participantes se comprometem com as ações e encaminhamentos, especialmente na questão do aquecimento global.”   

Dinâmica do encontro

 
A abertura solene do evento será nesta quarta-feira, às 15h, com a participação dos diretores gerais brasileiro e paraguaio de Itaipu, Jorge Samek e Victor Bernal; do secretário estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Lindsley da Silva Rasca Rodrigues; e do chefe do Parque Nacional do Iguaçu, Jorge Pegoraro, entre outras autoridades.

O encontro se desenvolverá com palestras, painéis e mesas redondas, sessões plenárias, atividades especiais, oficinas temáticas (miniplenárias abertas ao público), atividades culturais intercaladas ao desenvolvimento dos trabalhos, feiras e exposições temáticas.
(Saiba mais em www.itaipu.gov.br/aguaboa [2])