A Itaipu e o Parque Tecnológico Itaipu (PTI) apresentaram nesta terça-feira (18), em um webinar para 55 técnicos municipais da área de influência da empresa, o Reciclômetro, ferramenta on-line criada de forma colaborativa para atuar na gestão de resíduos sólidos realizada nas Unidades de Valorização de Recicláveis (UVRs), espalhadas pela região. 

 

UVR de Santa Terezinha de Itaipu. Foto: Rubens Fraulini.

 

O Reciclômetro é um painel interativo criado com a participação de representantes dos municípios, de lideranças de catadores de materiais recicláveis, e técnicos da Itaipu e do PTI. A ferramenta apresenta um conjunto de indicadores econômicos, sociais e ambientais que permite medir o nível de atendimento, por município e por associação (ou cooperativa) de catadores, das demandas ligadas à gestão de resíduos sólidos, incluindo a coleta, produção e comercialização de recicláveis.

 

Ao mesmo tempo, o Reciclômetro permite fazer um checklist dos pontos de melhoria e, também, dá visibilidade aos impactos da gestão de resíduos sólidos realizada por meio da parceria entre municípios, catadores e Itaipu nas UVRs. Isso por que o Reciclômetro possui um “dashboard” com painéis em que é possível visualizar, filtrar e analisar todos os indicadores de forma dinâmica, em gráficos interativos com acompanhamento e atualização mensal.

 

Para alimentar o sistema, a responsabilidade cabe à rede de 55 técnicos municipais, em parceria com as organizações dos catadores. Os técnicos das UVRs são contratados por meio dos convênios celebrados entre os municípios e a Itaipu, e uma de suas responsabilidades é o envio regular dos dados ao sistema. 

 

A partir da pesquisa realizada em outros bancos de dados que dependem do preenchimento por autodeclaração, observou-se que pode ocorrer inconsistência nos dados, prejudicando as análises. Por isso, a equipe técnica da Itaipu e do PTI realiza visitas a campo, conferindo dados inconsistentes e orientando os técnicos municipais sobre a melhor forma de alimentar o sistema. 

 

 

O programa Gestão de Resíduos Sólidos, além de contribuir com a redução dos impactos ambientais gerados pelo lixo urbano, tem impactos positivos na economia local, com a geração de emprego e renda. Em 2019, as UVRs nos 55 municípios da área de influência geraram R$ 10,8 milhões de receitas operacionais, além de uma economia de R$ 4 milhões às prefeituras, na operação dos aterros. Foram comercializadas mais de 16 mil toneladas de materiais recicláveis no ano. 

 

Desde outubro de 2018, quando os indicadores começaram a ser medidos, até os dias atuais, o sistema aponta que houve um acréscimo de 45% no total de toneladas comercializadas por mês. Como reflexo, houve um incremento de 21% nos postos de trabalho, além do aumento na renda média por associado. Esses são exemplos de dados que já estão disponíveis no Reciclômetro.

 

Atualmente, na região, existem 33 UVRs em operação e outras 31 estão em construção a partir de convênios entre as prefeituras e a Itaipu. Além do incremento na infraestrutura, a parceria permite a aquisição de equipamentos e caminhões, EPIs, formação continuada, Educação Ambiental e Assistência Técnica para todos os municípios da região de influência.