Os alunos e a direção da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus de Foz do Iguaçu, estão comemorando o excelente resultado obtido pelo curso de Ciências da Computação no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade). O curso, que atualmente está instalado nas dependências do Parque Tecnológico Itaipu (PTI), conquistou a terceira melhor nota do país na avaliação.
O resultado, divulgado pelo Ministério da Educação na última quarta-feira, surpreendeu alunos e professores, principalmente pelo fato do curso ter superado os de universidades tradicionais do país. Com média geral de 55,2, a Unioeste ficou atrás apenas da Universidade Federal de Minas Gerais, que alcançou média 63,5, e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com média 59,4.
No Brasil, 270 cursos de Ciências da Computação foram avaliados, dos quais apenas 12 conseguiram o conceito 5, que é a nota máxima do exame. E dos 12 melhores cursos, apenas dois são de universidades estaduais.
Incentivo
Ciências da Computação foi o primeiro curso criado na área de Engenharia e Ciências Exatas da Unioeste, campus de Foz do Iguaçu, em 1995. E, mesmo antes da parceria para a instalação do Centro no PTI, no início deste ano, a Itaipu tem sido uma grande incentivadora do curso. Em 1995, Itaipu firmou o primeiro convênio de cooperação técnica com o curso de Ciência da Computação, com o objetivo de “formar recursos humanos na área, especializar técnicos da Itaipu e desenvolver projetos conjuntos.”
Desde a sua criação, o curso já formou cerca de 120 acadêmicos. Atualmente, aproximadamente 180 alunos cursam Ciências da Computação. E com o resultado obtido no Enade, o curso deverá ser um dos mais procurados no próximo vestibular.
Resultado inesperado
A turma que conquistou a terceira colocação no Enade concluiu o curso no final de 2005. E, mesmo já estando formados, eles comemoram o excelente resultado.
- Este resultado era inesperado. Por isso foi emocionante receber a notícia que ficamos entre os três melhores cursos do país - comemora Natália Ghattas.
Natália e outro aluno da turma, Roberlei Boff Nandi, trabalham atualmente na Logic TI, empresa incubada no PTI. Além deles, outros dois alunos estão trabalhando no PTI: William Fernando Merlotto, que é um dos sócios da empresa Prognus, e Diogo Leidens Hart, que participa do projeto Grupo de Redes.
- Este resultado é ótimo pois dará destaque ao curso de Ciências da Computação da Unioeste. Acredito que mais estudantes, principalmente de Foz, vão procurar o curso - disse William.
