Apresentações que simbolizam a pluralidade cultural da região abriram as comemorações dos 30 anos do Ecomuseu de Itaipu, neste sábado (1º), em Foz do Iguaçu. Artistas de Vera Cruz do Oeste, Missal, Guaíra e da cidade anfitriã contaram um pouco da história de suas localidades por meio da dança, teatro e música. As apresentações integraram as atividades do 1º Encontro Regional de Realizadores Culturais da Bacia Hidrográfica Paraná 3, que reuniu artistas, produtores e professores de 29 municípios da BP3.
Clique na imagem para baixar arquivo em alta resolução. Crédito: Adenésio Zanella/Itaipu Binacional.
Pela manhã, antes das apresentações abertas ao público, houve ainda uma atividade de formação voltada para gestores de cultura, realizadores, artistas e pesquisadores participantes da Rede Regional de Cultura da BP3, com palestras e debates sobre o desenvolvimento e o fortalecimento dos artistas e dos produtores culturais.
“O Ecomuseu completa 30 anos em outubro [dia 16] e estamos abrindo as festividades com um caldeirão cultural”, afirmou a coordenadora da atividade, Tatiara dos Santos Ribeiro, da Divisão de Educação Ambiental (MAPE.CD).
Segundo ela, muitas outras ações ainda serão promovidas para celebrar a data com a população dos municípios que fazem parte da história do acervo. Também como parte das comemorações, em outubro será aberta uma exposição que fará um resgate histórico do Ecomuseu por meio de relatos de empregados, ex-empregados e colaboradores da instituição. O trabalho está sendo conduzido pela historiadora gaúcha Cláudia Feijó.
“Volto para Guaíra com muita vontade de trabalhar, de transformar o museu da cidade”, disse a diretora do departamento de Cultura do município de Guaíra, Marli Jardim. “Aprendi muito e quero participar de mais encontros como esse.”
As apresentações
Com uma dança típica alemã, a Companhia de Dança de Missal relembrou a colonização da cidade. Já a Companhia Reis do Oriente mostrou a religiosidade de Vera Cruz, com uma apresentação da Folia de Reis.
Segundo Jocinei Soares, coordenador do grupo, a companhia existe há mais de 50 anos, mas pela primeira vez se apresentou em Foz e fora do período festivo do reisado, comemorado entre 24 de dezembro e 6 de janeiro. “Pela música contamos uma pouco da história de Jesus. Estamos muito felizes de participar das atividades alusivas aos 30 anos do Ecomuseu.”
A Escola Guaíra de Arte Circense arrancou gargalhadas do público com o espetáculo dos palhaços. “Trouxemos a nossa alegria, mas estamos voltando com muita bagagem. Esse encontro proporcionou um grande intercâmbio cultural”, disse o contrarregra do espetáculo, Marcelo de Lima.
As atividades terminaram com uma apresentação do Teatro Musical da Universidade Federal Latino-Americana e do Coco da Macaíba, de Foz, que mostrou um pouco da cultura popular nordestina por meio da música e da dança.
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