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Usina de Itaipu reabre vertedouro para aumentar nível do rio e ajudar países vizinhos
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18/05/2020


Água volta a verter na Itaipu. Foto: Rubens Fraulini.

Depois de quase um ano fechado, o vertedouro da Itaipu voltou a ser aberto na madrugada desta segunda-feira (18). A abertura começou às 0h40, para liberar água que vai ajudar a aumentar o nível do Rio Paraná a jusante da barragem. O vertedouro voltou a ser fechado às 9h da manhã. A nova abertura está prevista para madrugada de terça-feira (19), mas ainda será definida em uma reunião da área técnica da Itaipu no fim da tarde desta segunda-feira.

A medida vai possibilitar o escoamento da safra de grãos do Paraguai e da Argentina. A longa estiagem prejudica a navegação no Rio Paraná, dificultando o transporte de grãos da Argentina e do Paraguai para os portos de Buenos Aires e do Uruguai. Sem essa operação de Itaipu, os países vizinhos teriam enormes prejuízos. “Essa ajuda é para evitar um colapso na economia dos países vizinhos numa época de tantas dificuldades”, diz o diretor-geral brasileiro de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna.

O vertimento inicial previsto deve durar 12 dias. Durante este período, a Itaipu vai escoar diariamente 8.500 m3/s de água. A medida não afeta a produção de energia. “Devido às medidas de controle da pandemia no Brasil e no Paraguai, a demanda de energia dos dois países caiu, então, a Itaipu não consegue escoar esta quantidade de água na produção de energia, ou seja, pelas turbinas. Por isso, é necessário fazer o vertimento”, explicou o superintendente de Operação da Itaipu, José Benedito Mota Júnior.

Na manhã desta segunda-feira, o reservatório da Itaipu estava na cota 219,10 e a previsão é que o nível desça de 1,5 a 2 metros nos próximos dias. “Isso vai provocar um aumento no nível do Rio Paraná, a jusante, da ordem de 2 a 3 metros, este aumento será de forma gradual e segura, respeitando o Acordo Tripartite”, afirmou José Benedito.  A Itaipu e a Defesa Civil alertam a população sobre o aumento da vazão. Nos últimos tempos, o rio, próximo à Ponte da Amizade, havia virado um roteiro de visitação para registros de fotos por causa da seca histórica.