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Responsabilidade Social
Saúde na Fronteira pede a novos e futuros prefeitos maior atuação
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20/09/2006

Criar uma regional de saúde binacional para a região de fronteira foi uma das propostas apresentadas aos prefeitos e candidatos às prefeituras dos municípios paraguaios que fazem fronteira com o Brasil pelos participantes do 2º Seminário Binacional de Políticas Nacionais de Saúde e Modelo de Atenção na Região de Fronteira, realizado pela Itaipu Binacional, ontem, em Hernandárias, no Paraguai.

 

O evento, organizado pelo Programa Saúde na Fronteira, contou com a participação da diretora financeira executiva de Itaipu, Margaret Groff, e de representantes dos ministérios e secretarias regionais de Saúde do Brasil e do Paraguai.

 

O principal o objetivo do seminário foi apresentar e discutir as ações conjuntas já desenvolvidas na área da saúde entre ambos os países. E, com isso, cobrar uma atuação mais presente dos atuais e futuros prefeitos, já que as eleições municipais paraguaias serão realizadas em novembro.

 

Integração

 

Margaret Groff, afirmou que Itaipu promove esses debates porque a empresa tem um histórico que mostra a capacidade de integração entre os dois povos. O Grupo de Trabalho Itaipu/Saúde, lembrou, foi criado há três anos, inicialmente com a participação do Brasil e do Paraguai. “Aos poucos, os debates foram avançando e, hoje, a Argentina também participa como convidada”, disse.

 

O coordenador suplente do GT Itaipu/Saúde pela margem paraguaia, Luis Roman Mereles Garcia, explicou que o principal foco do seminário foi estimular a participação efetiva dos prefeitos na gestão da saúde. “No Paraguai, a saúde ainda está muito centralizada no governo federal. Precisamos mostrar aos prefeitos a importância da participação municipal, também, porque só assim será possível melhorar a assistência à sociedade”, disse.

 

Ele ressaltou, ainda, que com o comprometimento dos prefeitos será possível fortalecer as políticas nacionais de saúde, delinear estratégias comuns entre os países e impulsionar a criação de um modelo de atenção única e forte na região da fronteira. 

 

Exemplo brasileiro

 

Como palestrante, a psicóloga Lumena Almeida Castro Furtado, representando o Ministério da Saúde do Brasil, apresentou o trabalho realizado pelo Sistema Único de Saúde. Ela enfatizou que no Brasil a saúde pública já está descentralizada e uma das principais metas do SUS é fortalecer os programas de saúde nas regiões fronteiriças.

 

“Queremos criar uma regional de saúde binacional, ou seja, onde brasileiros e paraguaios possam fazer a gestão da saúde de forma conjunta. Será uma co-gestão da saúde pública, não administrativa, mas de atuação”, disse Lumena.