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Programa ambiental de Itaipu é finalista do prêmio ANA
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13/11/2006

A ação de Educação Ambiental "Agenda 21 do Pedaço na Bacia do Paraná III” , inscrita no Prêmio ANA pela educadora Leila Alberton, da Divisão de Educação Ambiental da Itaipu Binacional, é uma das cinco finalistas na categoria Gestão de Recursos Hídricos.

 

Os primeiros colocados em cada categoria serão premiados no dia 6 de dezembro, em solenidade no auditório da Caixa Econômica Federal, em Brasília.

 

Os vencedores serão homenageados com o Troféu Prêmio ANA e os demais finalistas receberão um certificado.

 

Prêmio ANA

 

Candidatos de nove estados (Rio Grande do Sul; Minas Gerais; Paraná; Bahia; Pernambuco; São Paulo; Ceará; Santa Catarina e Paraíba), entre eles empresas, comitês de bacias hidrográficas, universidades e organizações não-governamentais ficaram entre os 15 finalistas do Prêmio ANA nas categorias Gestão de Recursos Hídricos, Uso Racional de Recursos Hídricos e Água para a Vida.

 

Instituído pela Agência Nacional de Águas, o Prêmio ANA tem como objetivo reconhecer o mérito de iniciativas na busca da excelência e da originalidade das soluções na conservação e uso sustentável da água. Nessa primeira edição do prêmio, 284 candidatos de 21 estados concorreram em três categorias. A avaliação foi realizada por uma comissão julgadora formada por cinco profissionais de notório saber e de reconhecida competência, não vinculados à Agência Nacional de Águas.

 

Foram avaliados em cada um dos projetos apresentados os seguintes critérios: efetividade; impacto social, cultural e ambiental; potencial de difusão; adesão e participação social; e originalidade.

 

Agenda 21 do Pedaço da Bacia do Paraná III

 

As ações de educação ambiental nas microbacias foram planejadas com base nos principais problemas detectados no monitoramento permanente do Reservatório de Itaipu, em sua maioria impactos decorrentes das atividades humanas instaladas nas bacias dos rios desde as suas nascentes: assoreamento (resultante dos sedimentos provocados pela erosão dos solos), eutrofização (acúmulo de nutrientes que estimulam o crescimento exagerado de plantas aquáticas e algas); mexilhão dourado e uso intensivo de agrotóxicos.

 

Os dados obtidos forneceram um parâmetro da situação dos recursos hídricos na região e exigiram a ampliação do raio de ações socioambientais para toda a Bacia do Paraná III, ao invés de focar somente os 16 municípios lindeiros ao Reservatório.

 

A bacia do Paraná III é formada por treze sub-bacias alimentadas por milhares de nascentes e rios que formam as microbacias que deságuam no Reservatório de Itaipu. É um território de oito mil quilômetros quadrados, 29 municípios e quase um milhão de habitantes.

 

Educação ambiental nas microbacias

 

O projeto de educação ambiental para a BPIII adota a metodologia de educação ambiental popular que inclui o diagnóstico da realidade; formação/capacitação; comunicação; mobilização/articulação e o educar para a ética do cuidado. Tem como referência a “Agenda 21 do Pedaço”, criada pelo Instituto Ecoar, e conta com cinco momentos principais:

seleção da microbacia no município;

consolidação de um sub-comitê de educação ambiental, composto por instituições públicas e privadas e sociedade civil organizada; diagnóstico participativo da realidade a ser trabalhada com os atores sociais envolvidos no processo;

ação (metodologia e cronograma); e monitoramento.

 

Resultados

 

Com esse trabalho, Itaipu, instituições governamentais e não governamentais e municípios parceiros envolvidos nesse processo já registram diversos resultados:

- participação efetiva de todas as comunidades agricultoras nas Oficinas do Futuro;

- protagonismo da comunidade no planejamento das alternativas de solução dos passivos ambientais;

- participação de mais de nove mil pessoas nas ações de cuidado com as águas da microbacia;

- convênios assinados entre Itaipu, prefeituras e demais parceiros do comitê gestor para a recuperação dos passivos ambientais a partir do levantamento das Oficinas do Futuro;

- Cartas do Pacto das Águas, diagnósticos participativos sobre a realidade de cada uma das microbacias trabalhadas, editadas e distribuídas a todos os atores sociais envolvidos;

- celebração dos Pactos das Águas, eventos simbólicos do compromisso comum com a Agenda 21 local, envolvendo comunidades, governo e instituições não governamentais;

- processo de referência mundial, com acompanhamento e aprovação do Programa pela Unesco.