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Oriente-se: com apoio da Itaipu, MON abre exposição inédita sobre a Ásia
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02/03/2018
Como na música Oriente, de Gilberto Gil, que faz alusão à sabedoria e à inspiração que vêm da Ásia, a recomendação do diplomata Fausto Godoy é que o brasileiro se oriente. Depois de passar 16 anos em embaixadas brasileiras em vários países asiáticos, Godoy adquiriu mais de 3 mil obras de arte daquele continente, algumas peças com mais de 6 mil anos de idade.
 
 
Agora, 200 peças deste acervo integram a exposição Ásia: a Terra, os Homens, os Deuses, aberta nesta quinta-feira (1º), no Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba. A exposição tem o apoio da Itaipu por meio de um convênio entre MON e Ecomuseu, o museu mantido pela binacional. “O objetivo de formar essa coleção era trazer para o Brasil conhecimento sobre o continente que vai definir o século 21”, afirmou Godoy, na abertura da exposição.
 
 
Aposentado da carreira diplomática, Godoy é, hoje, professor de assuntos asiáticos na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). Ele aponta para a emergência dos países asiáticos, em especial a China, o Japão e a Índia, e a necessidade de os brasileiros entenderem mais a cultura e a história desses países, com os quais precisará se relacionar cada vez mais neste século 21. “Vi a Ásia crescendo nessas últimas décadas e ninguém no País está olhando para isso”, concluiu.
 
“Ver essa exposição é compreender um pouco da cultura e da arte asiática. Mas o que ficou claríssimo para mim no processo de organização é que ela permite também ter um novo olhar sobre a nossa própria cultura ocidental”, completou o curador Teixeira Coelho.
 
Doação para o acervo
 
Toda a coleção de 3 mil obras reunidas ao longo das últimas décadas foram doadas para o acervo permanente do MON. “Hoje é um momento muito especial para o povo do Paraná e um momento histórico para a equipe do MON”, comemorou diretora do MON, Juliana Vosnika, ressaltando a riqueza que passa a ter o acervo do museu, com mais de 7 mil peças no total (incluindo arte do Brasil e da América do Sul).
 
 
O diretor-geral brasileiro da Itaipu, Luiz Fernando Leone Vianna, também destacou a atitude de Godoy ao fazer a doação para o acervo do MON. “Uma empresa da dimensão da Itaipu tem a obrigação de retornar à sociedade uma parte do que dela recebe, na forma de ações sociais, ambientais e também no apoio à cultura. No entanto, o que estamos fazendo aqui é infinitamente menor do que fez o diplomata Fausto Dodoy, que teve o desprendimento de doar essa coleção”, afirmou.
 
Peças raras
 
 
A mostra já está aberta ao público a partir desta sexta-feira (2). São peças raras e de forte conteúdo simbólico, provenientes de mais de dez países, como China, Japão, Índia, Paquistão, Butão, Irã, Afeganistão e Myanmar. Há peças como as cerâmicas do Vale do Indo, que podem chegar a 7 mil anos (V-II milênio A.C.), gravuras japonesas e indianas, o espírito protetor de jade (guardião de túmulo), do período neolítico chinês; além dos ornamentos e outras peças da Ásia Central, entre elas várias do planalto tibetano, que revelam o valor singular desta coleção.
 
Serviço
 
Exposição: “Ásia: a Terra, os Homens, os Deuses”
A partir de sexta-feira (2)
Longa duração
Sala 5 do Museu Oscar Niemeyer (Rua Marechal Hermes, 999, 41 3350 4400)
Horário de funcionamento: terça-feira a domingo, das 10h às 18h
Ingresso: R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada)
Quarta Gratuita, das 10h às 18h
Retirada de ingressos: até 17h30
www.museuoscarniemeyer.org.br