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Tecnologia
Jon “Maddog” Hall divulga uso de “nuvem descentralizada” em palestra magna do 14º Latinoware
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19/10/2017
O diretor do conselho do Instituto Linux Professional e presidente da OptDyn, Jon “Maddog” Hall, reviveu o povo mongol, na pele do conquistador Genghis Khan, para divulgar a plataforma de armazenamento de conteúdo Subutai® v6.0. Maddog fez a palestra magna do 14º Congresso Latino-Americano de Software Livre e Tecnologias Abertas (Latinoware), na manhã desta quarta-feira (18), no Cineteatro dos Barrageiros. No período da tarde, Maddog e outras autoridades participaram da solenidade de abertura do evento. O 14º Latinoware é promovido pela Fundação Parque Tecnológico Itaipu (PTI) e tem o patrocínio da Itaipu Binacional.
 
 
Criado pela OptDyn, o Subutai – cujo nome faz referência a um general do exército mongol amigo de Genghis Khan – é um software de nuvem descentralizado para armazenamento seguro de informações na internet. Nele, o usuário decide onde seus dados (como fotos, documentos, aplicativos, notas e contatos) serão armazenados. Na quinta-feira (19), profissionais do PTI e da Itaipu farão um treinamento sobre o uso do software. Os participantes do Latinoware também poderão testar o Subutai.
 
“É um software seguro. No [sistema da Apple] iCloud, por exemplo, as informações vão para um grande computador nos Estados Unidos, junto com informações de outras milhares de pessoas. E não há garantia de que estarão seguros, que não serão espionados”, afirma Maddog, citando a interceptação de e-mails enviados pela ex-presidente Dilma Roussef, como um caso de espionagem. “No Subutai, é você quem instala, configura e tem domínio das informações”, acrescenta.
 
O software usa a lógica peer-to-peer (P2P ou ponto a ponto, em inglês), uma arquitetura computacional em que o conteúdo armazenado na rede se espalha pelos computadores de todos os usuários e não em um único servidor central, como nas nuvens convencionais iCloud, Google Drive, Dropbox, entre outras.
 
Além disso, pelo Subutai os usuários compartilham a capacidade de processamento de seus computadores pessoais para processar dados em rede. Cada usuário escolhe a quantidade de processamento e armazenamento que vai deixar disponível para o software. “Com o crescimento exponencial das informações na internet, este processamento compartilhado se torna cada vez mais fundamental”, defende Maddog.
 
Solenidade de abertura
 
Até sexta-feira (20), o 14º Latinoware reúne estudantes, professores, pesquisadores e entusiastas dos softwares de código aberto em mais de 200 atividades entre palestras, minicursos, mostras e bate-papos sobre temas como Segurança, Educação, Empreendedorismo e Negócios, Computação Forense, Software Livre, Design, Gráficos e Multimídia. A abertura oficial aconteceu no período da tarde, com a participação de diretores da Itaipu, da Fundação PTI e de Jon Maddog.
 
Para o diretor administrativo de Itaipu, Marcos Baumgartner, a defesa do software livre não deve se limitar aos três dias de Latinoware. “Não precisamos ficar dependendo de um software proprietário quando há opções livres, com tantos ou mais recursos. Esse evento busca incentivar a liberdade e, com a liberdade, a inclusão”, afirmou o diretor.
 
O superintendente de Informática da Itaipu, Daniel Ribeiro, acredita que o Latinoware é o momento para “reavivar o espírito livre nos mais experientes e acender a chama nos que estão iniciando”. E acrescentou: “É muito bom ver aqui tantos jovens em busca de conhecimento e informação. Nessa juventude depositamos a fé de um futuro melhor, baseado no conhecimento científico e na boa formação”.
 
A juventude, uma das marcas do Latinoware, é também a “cara” do PTI, defende o diretor-superintendente da Fundação, Ramiro Wahrhaftig. “É um evento que gera conhecimento e estimula novas ideias. É dinâmico, jovem e cheio de novidades”, considerou. “O PTI é um grade propulsor de conhecimento e, justamente por esse motivo, promove e continuará promovendo o Latinoware”, concluiu.
 
Mais informações sobre o 14ª Latinoware no site www.latinoware.org