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Itaipu e PTI avaliam instalar banco de baterias no lugar habitado mais remoto do Brasil
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17/03/2017

 

Representantes da área técnica da Itaipu Binacional e do Parque Tecnológico Itaipu (PTI) participaram nesta semana de uma expedição à Ilha de Trindade, a cerca de 1.160 quilômetros a leste de Vitória (ES), no Oceano Atlântico, para dimensionar a demanda por energia elétrica no local.
 
Integraram a expedição, organizada pela Marinha do Brasil, o engenheiro Eduardo Fontes Silveira, da Assessoria de Mobilidade Elétrica Sustentável, e o pesquisador Daniel Augusto Cantane, do PTI.
 
O objetivo da visita é avaliar a instalação no local de um módulo do Sistema Inteligente de Armazenamento de Energia (IESS, na sigla em inglês), projeto desenvolvido por Itaipu e que integra painéis solares a um banco de baterias de sódio.
 
Esse sistema poderá dotar Trindade de autonomia energética a partir de fontes renováveis (solar ou eólica), substituindo os atuais geradores a diesel – muito mais caros e poluentes. Hoje, o combustível fóssil só consegue chegar à ilha por meio de embarcações, uma viagem que dura de dois a três dias.
 
A ida dos engenheiros de Itaipu e do PTI a Trindade é uma das primeiras ações dentro do protocolo de intenções assinado em novembro por Itaipu, Fundação PTI e Marinha do Brasil, responsável pela administração da ilha.
 
O documento prevê intercâmbio e cooperação técnico-científica em projetos nas áreas de segurança de estruturas estratégicas, segurança de informação e comunicações, segurança cibernética, eficiência energética – entre outros campos de estudo.
 
No caso de Trindade, a energia é necessária para alimentar um posto oceanográfico, mantido pela Marinha. Essa guarnição militar é considerada o local habitado mais remoto do Brasil.
 
Na ilha, há também grande demanda de pesquisadores para desenvolvimento de trabalhos científicos, que resultou na criação do Protrindade – Programa de Pesquisas Científicas da Ilha de Trindade.
 
O chefe da Assessoria de Informações de Itaipu (IN.GB), Carlos Roberto Sucha, lembrou que um sistema semelhante já foi instalado no quartel-general do Exército, em Brasília, e que deverá também ser levado para postos avançados do Exército na Amazônia Legal.
 
O convênio com a Marinha amplia o potencial de aplicação do sistema. “A instalação do IESS na Ilha de Trindade caracteriza o primeiro passo dado pela Itaipu e pelo PTI em direção à Estação Antártica Comandante Ferraz, localizada no Continente Antártico, onde se pretende instalar o próximo sistema de armazenamento de energia destinado à Marinha do Brasil”, adiantou.