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Responsabilidade Social
GT Itaipu-Saúde completa 15 anos de integração e conquistas
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25/06/2018
O negócio da Itaipu é produzir energia, mas a empresa sabe que tem um papel fundamental no território que ocupa e uma grande responsabilidade para com os povos que o habitam. Essa consciência levou a Itaipu a dar origem a um projeto que, por meio da integração e da troca de conhecimentos, vem, há exatamente 15 anos, trazendo mais qualidade de vida para moradores do Brasil, Paraguai e Argentina. É o Grupo de Trabalho (GT) Itaipu-Saúde. 
 
 
A Resolução da Diretoria Executiva (RDE) que deu origem ao grupo é de novembro de 2003. Porém, as atividades do grupo tiveram início no dia 25 de junho daquele ano. Desde então, o GT mantém a tradição de estar sempre à frente, na vanguarda, identificando as situações que podem vir a se tornar problemas de saúde na Tríplice Fronteira, antes mesmo que fiquem graves. 
 
O objetivo do GT, estabelecido na RDE 181/03, é “propor estratégias e organizar ações de saúde [...] em consonância com as respectivas políticas públicas nacionais do Paraguai e do Brasil na área de saúde”. Na prática, são dezenas de instituições unidas para trocar conhecimentos e experiências, buscando soluções para as questões que se apresentam – quaisquer que sejam, independentemente da origem.
 
Por mais que os países tenham diferentes políticas de saúde, e que os sistemas de saúde de diferentes países tenham formas diversas de atuação, o fato é que vírus, bactérias e doenças não são barrados pelas fronteiras. É preciso que os profissionais da saúde das cidades fronteiriças trabalhem juntos pelo bem de todos, mas nem sempre, na prática, isso é fácil. O GT Itaipu-Saúde reúne, agrega e integra os agentes de saúde justamente para fazer com que as soluções também não fiquem em apenas um lado da fronteira.
 
“Às vezes, um tem país tem um problema, e o outro já sabe resolver. E os dois vão ganhar, se o problema for resolvido”, explica Luciana Sartori, gestora do GT desde 2007. Na prática, a atuação do GT se dá por meio da qualificação dos profissionais da saúde, do desenvolvimento de ferramentas e no fortalecimento do processo de integração dos serviços de saúde e dos profissionais. Todo o investimento nos profissionais se reflete no atendimento à população. 
 
O trabalho é intenso: ao longo de 15 anos, foram mais de 1.300 horas de debates em 164 reuniões ordinárias – sem contar eventos especiais e encontros diversos – e mais de 15 mil profissionais de saúde qualificados em centenas de diferentes projetos. O resultado se vê na melhora do atendimento de saúde, no aumento da eficácia dos serviços de saúde dos três países e na implantação de políticas de saúde inovadoras e, em muitos casos, pioneiras.
 
Áreas de atuação
 
Atualmente, o GT conta com 11 comissões: Acidentes e Violências, Educação Permanente, Endemias e Epidemias, Residência Médica, Saúde do Trabalhador e Meio Ambiente, Saúde do Homem, Saúde Indígena, Saúde do Idoso, Saúde Materno Infantil, Saúde Mental e Fitoterápicos. Também são três subcomissões: IST/Aids, Urgências e Emergências e Redes de Laboratórios. O grupo responsável por cada eixo promove estudos nos três países, identificando necessidades, definindo prioridades e planos de ação. A participação dos técnicos é livre, voluntária e aberta para todos os interessados. 
 
Uma das primeiras ações do GT, ainda em 2003, foi o apoio às campanhas de vacinação contra a poliomielite na região trinacional. Com recursos financeiros oriundos da Itaipu, ofereceu material de divulgação, infraestrutura, profissionais e transporte. Já no primeiro ano, o índice de cobertura da vacinação, no Departamento de Alto Paraná, no Paraguai, subiu de 63% para 97%.
 
Outros exemplos de ações são a capacitação de profissionais na estratégia Código Vermelho (que tem foco em emergências obstétricas e reanimação neonatal); capacitação em atenção pré-natal e no Sistema de Informática Perinatal e em Planificação Familiar; ações para erradicação da raiva canina na região de fronteira; promoção de Seminários Internacionais de Saúde do Homem; desenvolvimento de um Sistema de Indicadores de Saúde da Tríplice Fronteira, que integra informações para o monitoramento e avaliação da saúde na região; inauguração do Centro de Medicina Tropical da Tríplice Fronteira; entre muitos outros. 
 
“Aqui, não há inveja. Não há comparações. Ninguém é mais, ninguém é menos, somos companheiros, irmãos, lutando juntos pela melhora da saúde na fronteira”, resumiu Gustavo René Gonzalez, coordenador paraguaio do GT. 
 
A comemoração do aniversário virá em breve – e, enquanto isso, os projetos continuam. “Enfrentamos muitos desafios ao longo desses anos, mas estamos aqui, cada vez mais fortes e unidos”, comemora Luciana. “O que queremos para o futuro é ampliar ainda mais o alcance do GT, abrindo as ações para todo o Oeste parananense e para as regiões próximas da Argentina e do Paraguai”, diz. 
 
Parceiros
 
Entre as instituições parceiras, que apoiam e participam das ações do GT Itaipu-Saúde estão a Fundação Parque Tecnológico Itaipu; Fundação de Saúde Itaiguapy; Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA); Ministério da Justiça e do Esporte do Paraguai; Academia de Justiça de Santa Catarina; Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila); Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste); Universidade Federal do Paraná (UFPR); Agência Brasileira de Inteligência (ABIN); 9ª Regional de Saúde de Foz do Iguaçu; 20ª Regional de Saúde de Toledo; 10ª Regional de Saúde de Cascavel; 10ª Região Sanitária de Alto Paraná; 14ª Região Sanitária de Canindeyú; 5ª Região Sanitária de Caaguazú; Ministério da Saúde do Brasil; Ministério da Saúde Pública e Bem -star Social do Paraguai; Ministério da Saúde da Província de Misiones Argentina; Secretaria de Saúde do Paraná; Secretaria de Saúde de Alto Paraná – Paraguai, além de organizações não governamentais.