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COP 25: Mudanças climáticas demandam engajamento dos setores público e privado
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10/12/2019

O engajamento dos setores público e privado nos esforços para frear as mudanças climáticas e buscar limitar a elevação da temperatura a 1,5º C neste século foi a tônica do painel "Uma Coalizão Brasileira para Mudanças Climáticas”, promovido em parceria pela Itaipu Binacional e pelo Instituto Ethos nesta manhã de terça-feira (10), no SDG Pavillion, espaço do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU (UNDESA), na Conferência Mundial do Clima (COP 25), em Madri.

A assessora de Meio Ambiente do Pacto Global, Elisa Badziack. Fotos: Romeu de Bruns.
A assessora de Meio Ambiente do Pacto Global, Elisa Badziack. Fotos: Romeu de Bruns.

O painel teve a mediação do diretor-presidente do Instituto Ethos, Caio Magri, que destacou o principal resultado da Conferência Brasileira do Clima, realizada de 6 a 8 de novembro: a Declaração do Recife, um conjunto de compromissos voltados a governos, empresas, academia e cidadãos, que têm como objetivo contribuir com o processo de descarbonização da economia (diminuição da dependência de combustíveis fósseis).

O evento contou com a participação da assessora de Meio Ambiente do Pacto Global, Elisa Badziack, que além de abordar ações do Pacto no Brasil, apresentou a iniciativa Science Based Targets (metas cientificamente determinadas de redução de emissões), em parceria com WRI, WWF, CDP e We Mean Business. O objetivo é chegar a 2050 com emissões nulas, permitindo à humanidade atingir a meta de 1,5ºC. A metodologia facilita o engajamento das empresas nas contribuições nacionalmente determinadas (NDCs, em inglês), que são as metas de redução de emissões de cada país.

Participantes do evento organizado pela Itaipu na COP 25. Lígia Leite Soares. Foto: Romeu de Bruns
Participantes do evento organizado pela Itaipu na COP 25.

O superintendente de Gestão Ambiental da Itaipu, Ariel Scheffer da Silva, destacou o fato de que a Itaipu tem um balanço de carbono extremamente favorável, principalmente devido à fixação de CO2 realizada pelos mais de 100 mil hectares de áreas protegidas no Brasil e no Paraguai. “Com essas áreas, a fixação é 30 vezes superior ao total de emissões da Itaipu”, afirmou, destacando o papel da empresa de compartilhar boas práticas de enfrentamento das mudanças climáticas durante a COP 25.

O evento teve ainda a participação do diretor de Economia Verde da WWF-Brasil, Alexandre Prado, que traçou um panorama dos desafios enfrentados pelo Brasil em relação ao cumprimento das metas do Acordo de Paris. Já o presidente da Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente, Germano Luiz Gomes Vieira (que assinou a Declaração do Recife durante o painel) e o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco, José Antonio Bertotti Júnior, abordaram o engajamento e as políticas climáticas dos estados brasileiros.