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Meio Ambiente
Comunidades discutem e revisam Programa Cultivando Água Boa
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13/11/2006

Representantes dos municípios que integram as 29 microbacias da região Oeste estão participando de encontros para discutir os resultados obtidos nas ações promovidas pelo Programa Cultivando Água Boa durante este ano. Além da avaliação dos trabalhos, eles também estão debatendo propostas de atividades ambientais para 2007. Os últimos encontros, que começaram na semana passada, terminam hoje, com uma reunião em Pato Bragado, que começa às 8 horas, e outra em Marechal Cândido Rondon, com início previsto para as 13h30.

 

No total, cerca de 1.500 pessoas das 29 microbacias inicialmente atendidas pelo Cultivando Água Boa devem participar dos encontros, promovidos em 11 pólos regionais. Além de avaliar os resultados obtidos pelas comunidades e municípios nas ações do Programa Cultivando Água Boa em 2006, os encontros também visam levantar e discutir os entraves e as limitações verificadas no trabalho de correção das irregularidades ambientais em aproximadamente 3.000  estabelecimentos agropecuários na Bacia Paraná III.

 

As propostas de continuidade e ampliação do Programa, apresentadas durante os encontros, serão validadas durante o III Cultivando Água Boa, que será realizado nos dia 30 de novembro e 1º de dezembro, no Centro de Convenções de Foz do Iguaçu. Entre os temas debatidos estão a Gestão por Bacia Hidrográfica, Saneamento, Agricultura Familiar, Produção Orgânica, Plantas Medicinais, Culturas Alternativas e Educação Ambiental.

 

Resultados

 

O Programa Cultivando Água Boa, iniciado em meados de 2003 pela Itaipu Binacional, em parceria com municípios, órgãos públicos estaduais e federais e comunidades de 29 microbacias, é composto por 79 projetos e mais de uma centena de ações. Desde 2003, o programa concluiu milhares de obras físicas nos municípios da região oeste, fundamentais para recuperação e preservação ambiental.

 

Cada município elegeu uma microbacia para iniciar a correção dos problemas ambientais e permitir a sustentabilidade. Técnicos de Itaipu, dos municípios e instituições parceiras realizaram diagnósticos e elaboraram projetos executivos para a solução dos problemas ambientais. O processo culminou com a celebração do Pacto das Águas nos 29 municípios da Bacia do Paraná III, em solenidades que tiveram a participação de mais de 20 mil pessoas e formalizaram mais de 1.200 parcerias entre instituições, entidades, pessoas jurídicas e físicas. No Pacto das Águas, cada comunidade assumiu a obrigação de executar as ações necessárias para resolver as questões levantadas.

 

Beneficiando diretamente mais de 2.000 propriedades em toda a região Oeste, 216 quilômetros de estradas rurais passaram por completa readequação. Sob orientação técnica, estas vias fundamentais foram realocadas e reconstruídas, com o leito elevado, encascalhadas e protegidas por centenas de caixas de retenção de águas, eliminando as enxurradas que assoreavam os rios e riachos.

 

Com o mesmo propósito – controlar a erosão do solo, retendo água nas lavouras e reduzindo a força das enxurradas, que afetam rios e riachos - 1.703 hectares de lavouras foram conservados. A reconstrução de terraços de base larga, que não dificultam a operação das máquinas, retém a água das chuvas, evitando as perdas de fertilizantes e sementes, possibilita  recuperar os investimentos realizados pelos agricultores e obter a rentabilidade que viabiliza a atividade produtiva sustentável.

 

O plantio direto também foi incentivado para eliminar a erosão, reduzir custos e elevar a produtividade. No total, 937 agricultores e técnicos receberam treinamento em Plantio Direto na Palha e rotação de culturas, conhecendo alternativas para eliminar o uso de agrotóxicos.

 

O trabalho desenvolvido nas microbacias que integram o Cultivando Água Boa também concretiza a proposta de cumprir as recomendações ambientais das Nações Unidas e de outros organismos mundiais para este século – conhecida como Agenda 21.