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Responsabilidade Social
Campanha quer mudar cultura da população no combate ao mosquito Aedes aegypti
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08/02/2017
 
A campanha "Foz Contra o Mosquito", lançada nesta terça-feira (7) pela Itaipu, em parceria com a Prefeitura de Foz do Iguaçu e a Rede Massa, pretende mudar a cultura da população em relação ao combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor de doenças como dengue, chikungunya, zika vírus e febre amarela. O lançamento da campanha aconteceu no período da tarde, na Escola Padre Luigi Salvucci, na Vila C.
 
 
“O objetivo é que o cuidado com o quintal de casa seja tão natural para as pessoas quanto é o banho que tomamos todos os dias”, ilustrou o secretário municipal de Saúde, Joel de Lima. Para ele, a campanha de sensibilização voltada à rede municipal de ensino tem como intenção final uma mudança de cultura. “Vai chegar um dia em que a prevenção ao mosquito vai ser tão corriqueira, que não precisaremos mais de campanha”, resumiu.
 
A campanha pretende estimular as crianças a ensinarem em casa o que aprenderam sobre o combate ao Aedes aegypti. Cada um dos 34 mil estudantes da rede municipal vai ganhar um kit de orientação com boas práticas para evitar a proliferação do mosquito. Ao longo de oito semanas, crianças e pais vão analisar temas como presença de lixo no quintal ou lugares que acumulam água parada.
 
No final, os alunos levarão os folhetos preenchidos para as escolas e ganharão os vistos dos professores. A escola que tiver mais participantes será a vencedora, e os alunos e professores participarão de sorteios de prêmios, entre eles passeios aos atrativos turísticos do Destino Iguaçu. Ao mesmo tempo, apresentadores da Rede Massa vão visitar as casas para acompanhar a vistoria e verificar se há algum foco do mosquito. O regulamento da campanha ficará disponível no portal da Secretaria Municipal de Saúde.
 
De acordo com o superintendente de Comunicação Social da Itaipu, Gilmar Piolla, o próximo passo é atingir as redes estadual, federal e particular de ensino. “É uma campanha que mexe com a cultura da população e estamos começando isso pela criança”, afirmou Piolla. “Itaipu é uma empresa cidadã e socialmente responsável e, por isso, é nosso papel participar de uma campanha como esta”.
 
Segundo o diretor-geral da TV Naipi, afiliada da Rede Massa na região, Edson Gagliano, o papel da emissora de televisão é contribuir com a divulgação da campanha e disseminar boas práticas de combate ao mosquito. “É uma campanha educacional, estamos trabalhando com a base da população nas escolas. E todo este trabalho é assessorado pela comunicação”.
 
Jogando pela Vida
 
Evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti é tema recorrente na grade curricular da rede municipal de ensino. “No calendário escolar, este assunto está presente o ano todo. Os professores trabalham com os alunos questões de como evitar a infestação do mosquito”, contou o secretário municipal de Educação, Fernando Lima.
 
Na Escola Padre Luigi, por exemplo, um aplicativo de tablet e smartphone incentiva as crianças a fazer vistorias em casa à procura de focos do mosquito da dengue. O app “Jogando pela Vida”, criado pelo dentista Alexandre Kramer, que faz mestrado na área de Tecnologia da Informação, permite que usuário tire fotos dos lugares de acordo com 20 temas – a presença de areia no vaso da planta, por exemplo.
 
“As crianças entram no programa e tiram as fotos. Nós, professores, validamos se aquela foto responde à pergunta. São 20 etapas e ganha quem cumprir todas”, explicou a coordenadora pedagógica da Padre Luigi, Cristina Oliveira Prado. O jogo está sendo testado por parte dos cerca de 800 alunos da escola da Vila C. O objetivo é leva-lo para outras escolas.
 
Combate ao mosquito
 
Em 2016, foram notificados 12.410 casos de dengue em Foz do Iguaçu, sendo 1.673 confirmados como positivo. No primeiro mês de 2017, já foram 188 notificações e uma confirmação da doença.
 
São vários os fatores que propiciam o surgimento das doenças causadas pelo Aedes aegypti. O clima quente e úmido das cidades brasileiras durante o verão é o preferido entre os mosquitos transmissores.
 
No caso da zika, a transmissão também ocorre de mãe para filho durante a gravidez e por via sexual. A dengue e a febre amarela são passadas apenas por meio dos mosquitos.