Não foram só os atletas que participaram do campeonato de canoagem, realizado no último final de semana, no Parque da Piracema, que receberam atenção especial.

Enquanto eles “desbravavam” os obstáculos do Canal de Águas Bravas, uma equipe formada por técnicos da Divisão de Reservatório da Superintendência de Gestão Ambiental da Itaipu, Lactec, Unioeste e UEM, acompanhava de perto o comportamento dos peixes no Parque da Piracema.

Câmera

O monitoramento foi feito por uma câmera especial, desenvolvida pelo Lactec, que permite gravar imagens dos peixes com grande precisão, em uma profundidade de até 400 metros.

O objetivo do trabalho, segundo o médico veterinário da Itaipu Binacional Domingo Fernandez era verificar se a prática esportiva no Canal de Águas Bravas poderia afetar a migração dos peixes.

A câmera (foto), que ainda está em fase de testes, foi utilizada para captar imagens em quatro pontos do Parque da Piracema: no Canal de Águas Bravas, no Canal de Iniciação, no Lago Principal e na tomada d'água.

Sem mudanças

Segundo Domingo, aparentemente não houve mudanças significativas no comportamento dos peixes. O resultado final do monitoramento deverá ser entregue pelo Lactec no prazo de uma semana.

- No canal de Iniciação e no de Águas Bravas, verificamos a presença apenas de peixes de pequeno porte (foto acima). Peixes de grande porte foram filmados perto da ponte de madeira, no Lago Principal. Isso pode ser considerado normal devido à época do ano, pois a temperatura da água já se encontra abaixo de 23 graus centígrados, o que inibe a migração de peixes de grande porte  - explicou Domingo.   

Ele afirmou, ainda, que um novo monitoramento será realizado em setembro, durante o Pan-americano de Canoagem Slalon.