“Energia: uma questão a resolver no agronegócio brasileiro”. Este será o conteúdo da apresentação do diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Jorge Miguel Samek, que acontecerá na segunda-feira, 5 de fevereiro, às 14.30 horas, no anfiteatro do pavilhão da Administração do Show Rural Coopavel, em Cascavel.

Samek abordará a questão da energia no agronegócio, a partir das leis do Governo Federal, que desde 2004 definem os principais critérios para a geração distribuída de energia, que vem a ser o aproveitamento de energias renováveis, geradas pelas próprias fontes consumidoras. Entre estas, está a energia do biogás, dos resíduos orgânicos, que na atualidade vem sendo desperdiçados pelo agronegócio brasileiro.

Para se ter uma idéia da importância econômica deste aproveitamento energético, uma integração que abate 160 mil aves/dia, com 336 mil poedeiras em sua base, gasta por mês em torno 7 milhões de kilowats/hora a um custo de R$ 1 milhão por mês. Somando toda a energia elétrica gasta nesta integração, o custo é de R$ 0,27 por ave abatida. Na totalidade dos abates do Paraná, isto chega a cifras perto de 250 milhões de reais por ano.

Samek mostrará aos participantes como o agronegócio pode se organizar para usufruir da possibilidade de se transformar de consumidor intensivo, em gerador de energia elétrica, abatendo seus custos atuais e podendo ainda ser remunerado por isto, com a compra da energia excedente pela Copel. Trata-se do Programa Geração Distribuída de Energia, com base em biogás e com saneamento ambiental, resultante de uma grande parceria entre a Itaipu, a Copel, a Sanepar, a Eletrobrás, institutos de pesquisa do setor elétrico e empresas nacionais de biodigestores e motoconversores.

Carro elétrico

De quebra, Samek vai anunciar, ainda, o lançamento do veículo elétrico, um projeto de desenvolvimento em parceria entre a Itaipu com a KWO, empresa de eletricidade Suíça, e a Fiat Automóveis. Durante o Show Rural, o veículo elétrico exposto terá suas baterias carregadas com a energia produzida em um biodigestor. Isto mostra que o desenvolvimento deste veículo poderá chegar a um veículo elétrico rural, para transporte de cargas, com energia gerada pelo agronegócio.

Para Samek, o Brasil clama por desenvolvimento: “Temos os meios tecnológicos e o arcabouço jurídico que precisamos, basta nos organizarmos melhor como sociedade”.