Governança

Os governos do Brasil e Paraguai assinaram o [+] Tratado de Itaipu em 26 de abril de 1973, sete anos após iniciarem as tratativas para dividir o potencial hidráulico do Rio Paraná. O documento previa a criação da entidade Itaipu Binacional, que ocorreu um ano depois, para ser responsável pela construção e administração da usina.

A empresa é regida pelo Tratado e seus três anexos, atos diplomáticos complementares e por arcabouço normativo binacional. Embora possua sua própria base legal, a empresa busca estar alinhada sempre que possível aos paradigmas jurídicos vigentes nos dois países sócios.

Os governos brasileiro e paraguaio têm igualdade de direito e deveres, sendo representados pelas Centrais Elétricas Brasileiras (Eletrobras) e pela Administración Nacional de Electricidad (Ande). O mais alto órgão de governança da empresa é o Conselho de Administração, seguido pela Diretoria Executiva, ambos compostos por membros brasileiros e paraguaios em igual número, além de representantes dos Ministérios das Relações Exteriores no Conselho de Administração.

O modelo de gestão, estabelecido pelo Regimento Interno, é o Sistema de Planejamento e Controle Empresarial (SPCE). O plano empresarial vigente incorpora os conceitos de gestão da metodologia Balanced Scorecard (BSC) para consolidar indicadores e as respectivas metas. O plano foi construído com auxílio de diversos stakeholders, com base em cenários situacionais, e possui horizonte de cinco anos, mas é submetido a uma revisão anual ou conforme determinação dos Diretores-Gerais.

Para disseminar e incorporar a cultura da sustentabilidade entre os empregados, em 2012 foi implantado em território brasileiro o Sistema de Gestão da Sustentabilidade (SGS). Por meio do site “Itaipu Sustentável”, disponível na intranet, e realização dos “Diálogos Sustentáveis”, a iniciativa discute e identifica pontos de melhoria e sinergia entre as ações desenvolvidas pela empresa.

Empregados revisam o plano empresarial
[G4-35; G4-37; G4-45; G4-50]

Visando o alcance da visão empresarial, em 2015 foi realizada em conjunto com os empregados uma revisão tática e operacional do Plano Empresarial da Itaipu, no qual estão contemplados diversos tópicos e aspectos relacionados à sustentabilidade. Como resultado desta revisão foram propostos 43 projetos, sendo que 15 foram considerados prioritários, os quais deverão ser implantados a curto, médio e longo prazo.

Essas propostas, já com o aval dos diretores, foram encaminhadas aos Escritórios de Projetos Corporativos e Setoriais para serem estruturadas segundo a metodologia de Gerenciamento de Projetos da Itaipu (Minibok), visando obter maior precisão quanto às etapas, entregas, custos e stakeholders de cada projeto. Os demais projetos aprovados serão implementados conforme a disponibilidade de recursos e as necessidades empresariais.

Protocolo de Avaliação de Sustentabilidade de Hidrelétricas
[G4-45]

Buscando consolidar-se como líder mundial em sustentabilidade corporativa, em 2015 a Itaipu submeteu-se espontaneamente à avaliação pelo Protocolo de Avaliação de Sustentabilidade de Hidrelétricas da International Hydropower Association (IHA), organização que promove a hidroeletricidade sustentável e atua como consultora e observadora de todas as iniciativas relacionadas à água, energia e mudanças climáticas da Organização das Nações Unidas (ONU).

A etapa de entrevistas e visitas a campo pelos avaliadores foi realizada em outubro e uma minuta do relatório de avaliação foi entregue no final do ano passado para comentários da Itaipu. O processo de avaliação deve ser concluído em 2016 e seu resultado vai subsidiar a tomada de decisão referente às ações estratégicas da empresa nas questões econômicas, ambientais e sociais. A Itaipu associou-se à IHA em junho de 2006 e vinha se preparando para essa avaliação desde 2010.