Líder mundial na geração de energia limpa e renovável

Responsabilidade Social
Unilever, Renault e Home Care Cene Hospitallar são ouro do Prêmio WEPs
Tamanho da letra
30/03/2016

A Unilever Brasil e a Renault do Brasil dividiram o ouro na categoria de grande porte do Prêmio WEPs Brasil 2016 – Empresas Empoderando Mulheres. Na categoria de médio porte, a premiada foi a empresa Home Care Cene Hospitallar, que levou pela segunda vez a premiação. Não houve premiação máxima para a categoria micro e pequena empresa.

Os nomes das premiadas foram conhecidos em solenidade na noite desta terça-feira (29), no Hotel Bourbon, em Foz do Iguaçu. A cerimônia reuniu autoridades nacionais e internacionais em equidade do gênero, CEOs e convidados especiais. Um total de 48 organizações recebeu algum tipo de reconhecimento (troféu ou menção honrosa), por atender plenamente pelo menos um dos sete princípios estabelecidos pela ONU Mulheres.

O prêmio WEPs Brasil 2016 é uma iniciativa da Itaipu Binacional, Rede Brasileira do Pacto Global, ONU Mulheres e Portal Tempo de Mulher, em parceria com o MEX Paraná, Global Reporting Initiative e Parque Tecnológico Itaipu (PTI).

São apoiadores institucionais do prêmio: Fiep, Fundação Coge, Assespro nacional e Assespro Paraná, ABRH nacional e ABRH Paraná, Sebrae, Amcham Brasil, Conselho Regional de Administração do Paraná, Conselho Federal de Administração, Fundação Dom Cabral, Isae e Fundação Nacional da Qualidade.

A diretora presidente da Home Care Cene Hospitallar, Sueli Kaiser, que recebeu o troféu na categoria média empresa, comemorou com entusiasmo a premiação. “É o trabalho de uma equipe inteira e é para ela que dedico esse prêmio”, afirmou.

O vice-presidente de Recursos Humanos da Unilever Brasil, José Eduardo Reis da Silva, agradeceu a parceria e disse que não é possível pensar num mundo sustentável sem pensar na questão da equidade de gênero.

O presidente da Renault do Brasil, Fabrice Cambolive, fez questão de passar a palavra para a diretora de Recursos Humanos Brasil, Ana Paula Camargo, envolvida desde o início com o processo de implantação das políticas de equidade de gênero na empresa. Ana destacou os esforços da organização para que a equidade seja de fato uma realidade, com as mulheres ocupando metade dos cargos de chefia na empresa.

Diversidade

Para o diretor-geral brasileiro da Itaipu, Jorge Samek, a equidade é uma luta de todas as pessoas que acreditam na construção de uma sociedade mais igualitária e democrática, em que a diversidade de experiências e escolhas esteja contemplada.

“Nós, como executivos, à frente das empresas, temos obrigação de continuar a manter esse processo, porque ainda há muito o que fazer. Sabemos que as mulheres não perdem a coragem nunca. Estão aí o tempo todo encampando movimentos políticos, estudantis, mas ainda são poucas na representação política, no comando das empresas”, disse.

Samek prosseguiu afirmando que “na Itaipu já fizemos muito e continuaremos fazendo para garantir a paridade, contemplando igualmente todos os gêneros, com a adoção de programas de ações afirmativas, de reparação e de formação”. Ele disse ainda que “as empresas que participam do prêmio estão cada vez mais em sintonia com os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio preconizados pela ONU”.

Segundo a diretora financeira executiva da Itaipu, Margaret Groff, “a igualdade de gênero é um direito humano básico, e a sua concretização tem enormes implicações socioeconômicas. O empoderamento das mulheres é um catalisador para a prosperidade da economia, estimulando a produtividade e o crescimento”. No entanto, disse, as desigualdades de gênero permanecem profundamente arraigadas na sociedade. “Mulheres em todas as partes do mundo sofrem violência e discriminação e estão sub-representadas em processos decisórios.”

Margaret Groff lembrou que as participantes da premiação não são concorrentes entre si, mas estão sim preocupadas, comprometidas e se preparando para um mundo cada vez mais sustentável, em que a questão de gênero ganhará um papel cada vez mais relevante. “Uma empresa que não estiver preparada para essa mudança certamente vai sucumbir, ou terá que acelerar o processo, para não perder o rumo da história.”

Margaret agradeceu a todos os envolvidos na organização do prêmio WEPs e a adesão das empresas na premiação. “Assim como em 2014, na primeira edição, conseguimos agora abranger todos os Estados do Brasil e 8% do PIB nacional. Como exemplo de alguns avanços, já observamos a implantação de cláusulas específicas de equidade de gênero nas organizações que participam do prêmio”, disse.

A diretora destacou que o prêmio WEPs “traz um banco de dados importante para o nosso trabalho. Em 2014 tínhamos 55 empresas signatárias do WEPs; hoje temos 90. O desafio é que esse número seja maior ainda. E esta é uma missão para a Secretaria de Políticas para as Mulheres, a ONU Mulheres e a demais empresas envolvidas no tema”.

O presidente da Rede Brasileira do Pacto Global, André Gustavo de Oliveira, disse que a instituição não participará de nenhum evento em que as mulheres não estejam presentes no palco. As mulheres merecem ter visibilidade, ele afirmou.

Segundo a secretária de Políticas do Trabalho e Autonomia Econômica da Secretaria de Politicas para as Mulheres, Tatau Godinho, muitos dizem que esse é o século das mulheres, mas é preciso avançar muito para que também seja o século da igualdade. “Em várias pesquisas, as mulheres respondem que entrar para o mundo do trabalho foi uma grande transformação na vida delas. Mas sabemos que a ocupação ainda não se dá de forma igual.” Tatau agradeceu o empenho, a obsessão das mulheres em buscar a igualdade e também aos homens que entenderam essa proposta nos últimos anos.

A diretora e representante da ONU Mulheres no Brasil, Nadine Gasmann, disse que as empresas são meios importantes de mobilização para os Objetivos das Nações Unidas. E o prêmio WEPs Brasil tem papel importante nesse trabalho.

O que é o prêmio

O prêmio WEPs Brasil reconhece os esforços das empresas que promovem práticas, programas e ações de promoção da cultura da equidade de gênero e empoderamento da mulher.

O prêmio se baseia nos princípios de Empoderamento das Mulheres (WEPs, da sigla em inglês para Women’s Empowerment Principles), iniciativa lançada pela ONU Mulheres e Pacto Global da ONU em 2010, para que mais e mais empresas se conscientizem da importância de valorizar o trabalho da mulher, de empoderá-la e, com isso, avançar para um mundo mais igualitário.

Parte da formatação do WEPs Brasil foi feita com a colaboração das Mulheres Executivas do Paraná – MEX, que acaba de comemorar dez anos de criação. A organização trouxe para dentro das empresas o tema da equidade de gênero, colocando o Paraná na vanguarda das discussões e implantação de ações de empoderamento feminino.

Este ano, do total de empresas de pequeno, médio e grande porte que se cadastraram no site da premiação, 137 fizeram a autoavaliação. A classificação das finalistas foi feita por uma comissão de avaliadores, que checou as informações prestadas pelas empresas durante visita às instituições. O processo de classificação foi conferido pela auditoria independente Moore Stephens.