O homem que pretende ajudar a transformar as escolas em ambientes alegres e prazerosos, inclusive fora das salas de aula, conheceu Itaipu nesta manhã. Acompanhado por Paulino Motter, assistente do diretor-geral brasileiro, o antropólogo, educador popular e folclorista Sebastião Rocha esteve pela primeira vez na usina. Logo mais, às 19h30, no auditório do antigo cinema do PTI, ele fará a palestra intitulada “Pedagogias para reencantar a escola: a experiência do Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento (CPCD)”. A apresentação faz parte do ciclo de palestras “Diálogos da Fronteira.”

O antropólogo Tião Rocha

Tião Rocha, como é mais conhecido, antecipou um pouco da exposição que fará esta noite. Ele acredita que, aos poucos, o encantamento da escola foi se esvaindo por causa da perda da sua função social. “Ela ficou na dependência do jogo de interesses em determinado momento histórico, quando serviu de aparelho ideológico do Estado, e agora virou aparelho ideológico do mercado”, afirma. “A escola deve ser um espaço encantador sempre, porque tem o privilégio de, se quiser, todos os dias passar o mundo a limpo, repensar a vida e os valores, e encher a vida dos alunos de energia. Deveria ser tão boa que os alunos e funcionários desejassem aulas aos sábados e domingos.”

De acordo com Paulino Motter, a palestra de Tião é aguardada com muita expectativa pela comunidade acadêmica de Foz do Iguaçu. Mais de 800 pessoas confirmaram presença e, em função da falta de espaço, não foi possível reunir mais gente. A atração, segundo Paulino, é plenamente justificada. “O Tião é um educador com grande reputação nacional. Sua credibilidade vem do trabalho concreto que desenvolve”, diz o assistente. “Ele vai falar da sua experiência e do que é necessário para transformar Foz do Iguaçu em uma cidade educadora, de forma que o projeto educacional se torne o elemento central de uma política de desenvolvimento humano, social e econômico.”