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Meio Ambiente
Sul do País terá rede de energias renováveis
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16/03/2017
 
A região Sul do País vai contar com uma rede de energias renováveis com foco no fortalecimento, troca de informações e expansão do setor. A parceria vai contar com a participação de integrantes estratégicos do segmento, como cooperativas, agricultores, federações de agricultores, universidades, institutos de pesquisas, instituições públicas e privadas do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A ideia é consolidar esse modelo nos três Estados e depois ampliá-lo para outras partes do Brasil.
 

Biodigestor e lagoa na Granja Colombari, em São Miguel do Iguaçu (PR). Clique na foto para baixar arquivo em alta resolução. Crédito: Alexandre Marchetti.
 
A criação da rede é uma iniciativa da Itaipu Binacional, Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado do Paraná (Seab) e das demais secretarias similares do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (16), no último dia do Seminário sobre Energias Renováveis no Rural/Sul, no Hotel Confiance Centro Cívico, em Curitiba. O evento, que começou na terça-feira (14), reuniu mais de cem pessoas.
 
Junto com a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), a Itaipu e outros parceiros pretendem desenvolver em uma plataforma da FAO projetos de formação de pessoas para o uso de energias renováveis e também unidades de demonstração. Será uma rede de fortalecimento e expansão da produção e uso do biogás e biometano. Itaipu e o Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás) são pioneiros na discussão e implantação de programas no segmento a partir de dejetos animais e resíduos agroindustriais.
 
“A rede vai ampliar a competitividade do agronegócio e do cooperativismo. Ao produzir a própria energia, o cooperado ou agricultor reduz o custo da produção e elimina os passivos ambientais. A prioridade é atingir toda a cadeia de proteína animal, frango, suíno e leite”, explica Herlon Goelzer de Almeida, superintendente de Energias Renováveis da Itaipu.
 
A rede também vai promover eventos sobre o tema para as empresas de extensão rural e cooperativas agropecuárias. A intenção é disseminar ao máximo possível as vantagens do negócio tanto econômicas quanto ambientais. O Brasil tem um potencial de produção de 52 bilhões de metros cúbicos anuais de biogás procedente do agronegócio, setor sucroalcooleiro, resíduos de alimentos.
 
Solução inovadora
 
A transformação de dejetos da agropecuária em biogás, por meio de biodigestores, tem se apresentado como uma solução inovadora para as emissões de gases que provocam o efeito estufa e a poluição do solo, rios e lagos. Ao invés de poluir, a biodigestão evita as emissões; ao mesmo tempo, torna-se uma nova alternativa de renda no campo.
 
A Itaipu, que produz energia limpa e renovável por meio da hidroeletricidade, vem trabalhando em parceria para impulsionar esse setor. Pioneira em programas pilotos de biogás na região Oeste do Paraná, com parceiros nos municípios de Santa Helena e Marechal Cândido Rondon, a usina tem parte de sua frota movida a biometano.
 
Atualmente, dos 249 veículos da empresa, 59 são movidos a biometano. Número que deve subir para 73 até o final do semestre. Itaipu e CIbiogás também estão construindo uma planta de produção de biometano dentro da área da usina, que vai utilizar grama, esgoto e sobras de alimentos. O gás vai reforçar o abastecimento da frota.
 
Outra alternativa para o setor rural são os projetos em energia fotovoltaica, que poderão auxiliar os produtores especialmente no crescimento das cadeias de proteína animal. Itaipu participa de iniciativas nesse segmento, em parceria com cooperativas do sistema Ocepar.