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Responsabilidade Social
Sonho olímpico: canoísta iguaçuense tem recepção calorosa em Foz
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23/06/2016
O canoísta iguaçuense Felipe Borges, 22 anos, teve uma recepção digna de campeão olímpico, na tarde desta quinta-feira (23), no Parque da Piracema, na usina de Itaipu. Felipe é o único atleta de Foz do Iguaçu a integrar a equipe brasileira nos Jogos Olímpicos do Rio 2016. Ele foi recebido por familiares, autoridades e colegas do projeto social Meninos do Lago, de onde ele foi revelado. A mãe de Felipe, Isolde Borges, era uma das mais entusiasmadas. Durante a solenidade, a Diretoria de Itaipu anunciou a renovação do convênio do projeto por mais três anos.
 
     
Felipe desembarcou nesta tarde em Foz do Iguaçu e foi direto para o Canal Itaipu, onde treinou nos últimos anos. “Eu só tenho a agradecer ao Meninos do Lago por ter me tirado do berço e levado à Olimpíada”, disse o atleta, que faz parte do projeto desde seu  início, em 2008. Para conseguir a vaga na canoa individual (C1), Felipe concorreu com outro participante do Meninos do Lago, Leonardo Curcel, que tem uma trajetória parecida com a dele. “O Leonardo é um grande canoísta, ele me ajudou a crescer no esporte”, resumiu. A vaga foi conquistada na última sexta-feira, 17, na Europa.
     
O Projeto Meninos do Lago é uma parceria da Itaipu Binacional e da Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa), com apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e General Electric (GE).  Pelo projeto já passaram mais de 500 jovens.
     
Bons resultados
     
“É uma felicidade muito grande saber que temos um representante do projeto nos Jogos Olímpicos”, disse o superintendente de Comunicação Social de Itaipu, Gilmar Piolla. “A classificação de Felipe engrandece o Meninos do Lago e mostra que tudo o que fazemos valeu a pena”. 
     
Para Joel de Lima, assistente da Diretoria Geral de Itaipu e coordenador do Programa de Proteção à Criança e ao Adolescente (PPCA), a classificação de Felipe é uma prova de que é possível chegar ao ponto mais alto do esporte. “Há alguns anos, falávamos que nossa intenção era classificar um atleta para a Olimpíada. Hoje, renovamos nossa intenção com os atletas para os jogos de 2020. Mas, antes, vamos torcer por uma boa participação de Felipe no Rio”, disse.
     
O presidente da Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa), João Tomasini Schwertner, credita a conquista de Felipe ao trabalho de parceria de Itaipu com o Meninos do Lago. “A canoagem brasileira sente-se em casa em Foz do Iguaçu. Esse projeto é um modelo que queremos levar para outros lugares. A canoagem só tem a agradecer a esse apoio”.
     
Para Tomasini, a canoagem slalom teve um grande salto dos Jogos de Londres 2012 até a Olimpíada Rio 2016. E ele não espera um torneio fácil na pista olímpica carioca. “O nível olímpico é muito forte, é a nata do esporte. Mas acredito que Felipe terá condições de avançar na competição”. Além do atleta iguaçuense, integram a equipe da canoagem slalom Pedro Henrique Gonçalves (caiaque individual – k1), Ana Sátila (k1), Anderson Oliveira e Charles Corrêa (canoa em dupla – c2).
     
Surpresa
     
Felipe Borges já tem longa participação em provas nacionais e internacionais. Em 2010, ele ganhou sua primeira competição, na segunda etapa da Copa Brasil, em Primavera do Leste (MT). Em 2015, veio a consagração profissional, com dois bronzes, um nos jogos pan-americanos, no Canadá, e outro no Mundial Sub-23, em Foz do Iguaçu.
     
Ainda assim, ele ficou surpreso com a conquista da vaga olímpica, durante a terceira etapa da Copa do Mundo de Canoagem Slalom, na França. “Tenho este sonho desde 2012, quando não consegui classificação para os Jogos de Londres. Eu assistia à atleta Ana Sátila competindo e fiquei com muita vontade de estar lá. Quando fiquei sabendo da classificação, não acreditei, não sabia o que estava acontecendo, mas logo caiu a ficha”, contou.
     
Inspiração
     
Ter uma atleta iguaçuense nos jogos olímpicos é uma inspiração para quem treina perto deste exemplo quase todos os dias. O jovem Willian Soares de Oliveira, de 18 anos, está há quase quatro no Meninos do Lago, na mesma modalidade de Felipe, a canoa simples (C1). “Ele já me deu boas dicas sobre como remar”, conta Willian, que parece ter aprendido bem a lição.
     
O objetivo de Willian, claro, é também chegar a uma competição de nível internacional, a exemplo do conterrâneo Felipe. “Toda atleta sonha estar numa olimpíada. Esse é meu projeto para 2020”, contou. 
     
Agora em 2016, o atleta representará, pela primeira vez, a seleção brasileira, no Campeonato Mundial Sub-23 e Júnior, na Polônia. “Será minha primeira viagem internacional. Antes, o máximo que eu fazia era atravessar a Ponte da Amizade”, brincou. A fronteira liga o Brasil ao Paraguai.
     
A pouca idade de Gabrieli Aparecida dos Santos, 13 anos, esconde a experiência da atleta no esporte: ela faz parte do Meninos do Lago há sete anos e também terá uma oportunidade de representar o Brasil no Mundial, este ano. “Sonho chegar à seleção desde pequenininha”, disse a adolescente, que participa de provas de caiaque (k1) e canoa (c1). Ela também tem em Felipe uma inspiração para atingir suas próprias conquistas.
     
Meninos do Lago
     
O projeto social Meninos do Lago reúne esporte, estudos e resultados. Os treinos acontecem no Canal Itaipu, dentro da usina, em Foz do Iguaçu. 
     
Já o Instituto Meninos do Lago (Imel) veio depois, em 2011, para representar os atletas do projeto homônimo e canoístas de Foz do Iguaçu – inclusive os integrantes da seleção brasileira permanente, que tem sede na cidade – em competições nacionais e internacionais.
     
O instituto se consolidou como a principal escola de canoagem slalom do Brasil e vem dominando o ranking nacional da Confederação Brasileira desde 2010.  O Imel também tem o apoio da Itaipu. 
     
A Itaipu
     
Com 20 unidades geradoras e 14.000 MW de potência instalada, a Itaipu Binacional é líder mundial na geração de energia limpa e renovável, tendo produzido, desde 1984, mais de 2,31 bilhões de MWh. A hidrelétrica é responsável pelo abastecimento de cerca de 15% de toda a energia consumida pelo Brasil e de 75 % do Paraguai.
     
Desde 2003, Itaipu tem como missão empresarial “gerar energia elétrica de qualidade, com responsabilidade social e ambiental, impulsionando o desenvolvimento econômico, turístico e tecnológico, sustentável, no Brasil e no Paraguai”. A empresa tem ainda como visão de futuro chegar a 2020 como “a geradora de energia limpa e renovável com o melhor desempenho operativo e as melhores práticas de sustentabilidade do mundo, impulsionando o desenvolvimento sustentável e a integração regional”.