Os projetos de incentivo existentes para formar um pólo tecnológico em Foz do Iguaçu foram tema de um reunião no Parque Tecnológico Itaipu. Participaram da reunião, na terça-feira passada (18), o diretor do Departamento de Setores Intensivos em Capital e Tecnologia, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Nilton Sacenco Kornijezuk, o prefeito de Foz, Paulo Mac Donald, e representantes da Fundação PTI,  Associação Comercial e Industrial, Infraero, Receita Estadual e do Centro Integrado de Mercadorias, Bens e Serviços do Mercosul.

Segundo o diretor técnico da Fundação PTI, Nelson de Marco, o objetivo, depois de discutir os projetos, é o de criar propostas para atrair empresários ao Pólo Tecnológico de Foz do Iguaçu. “Temos que estruturar ações de integração dos projetos para então preparar uma “vitrine” que atraia os empresários para Foz do Iguaçu”, disse. Segundo o diretor, uma nova reunião já está marcada para a segunda quinzena de maio.

Incentivos existentes

Entre as iniciativas debatidas na reunião estão os incentivos concedidos pelo município, como a isenção de tributos municipais para a implantação de novos empreendimentos; a lei estadual nº 14.895, que oferece tratamento tributário diferenciado para as indústrias de produtos eletroeletrônicos, telecomunicação e informática que se instalarem na cidade; e os incentivos concedidos pelo governo federal, como a Lei de Informática e a Lei do Bem.

Além dos incentivos tributários, também existem outros projetos e iniciativas que podem ser integrados para atrair empresas, como a instalação do Parque Industrial de Foz do Iguaçu e os projetos de criação de um  porto seco e de um aeroporto industrial em Foz do Iguaçu, além do próprio PTI, que já desenvolve ações voltadas à geração de novos empreendimentos e de desenvolvimento tecnológico e científico.

Viabilidade

Para o diretor do Departamento de Setores Intensivos em Capital e Tecnologia, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Nilton Sacenco Kornijezuk, a criação de um pólo industrial voltado ao setor eletroeletrônico em Foz do Iguaçu é altamente viável. Ele destacou diversos pontos favoráveis, como a logística adequada, pois a cidade está localizada em um ponto estratégico para o escoamento de mercadorias, e a presença de diversas universidades na região, o que garante o capital intelectual para trabalhar no setor de alta tecnologia.

Segundo Nilton, como o País está crescendo, existe a necessidade de criação de novos pólos industriais para evitar a aglomeração em grandes centros. Ele citou como exemplo São Paulo, que, devido à aglomeração de indústrias, enfrenta problemas ambientais e de logística. No entanto, o diretor ressaltou que, para se ter um pólo industrial de credibilidade, é preciso ter um controle de fiscalização adequado para garantir que as regras sejam cumpridas.

TV digital

Durante a reunião, Nilton apresentou algumas oportunidades de negócios para serem estudadas pela comissão do Pólo Tecnológico de Foz do Iguaçu, como a TV digital, a automação bancária e o desenvolvimento de softwares. No caso da TV digital, o diretor lembrou que no mundo existem atualmente três sistemas de TV digital - o americano, o japonês e o europeu. O governo ainda está negociando qual tecnologia será utilizada no Brasil.

“O processo de migração para a TV Digital ainda está iniciando no Brasil. Hoje, no país, existem cerca de 80 milhões de aparelhos de TV, segundo dados do IBGE.  Então é possível concluir que esta é uma grande oportunidade de negócio”, concluiu.