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Responsabilidade Social
Rede cidadã comemora alfabetização de mais de 2 mil jovens e adultos em 2006
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13/12/2006

Celebração ocorrida sábado reuniu alunos, professores e parceiros que mantêm o projeto desde 2004. Desenvolvido em Foz do Iguaçu e outros sete municípios da região Oeste, mais de 5 mil pessoas foram alfabetizadas.

 

Muitas são as dificuldades para quem não sabe ler e escrever. Situações rotineiras, como apanhar um ônibus ou fazer compras no supermercado, se tornam um drama. Por isso, os mais de 2 mil jovens e adultos alfabetizados pelo programa Rede Cidadã em 2006 comemoram muito esta conquista.

 

Sábado, cerca de 1.200 dos alfabetizados participaram de uma cerimônia, que ocorreu no Centro de Convivência Darcy Zanatta, no Morumbi, em Foz do Iguaçu, em celebração a esta vitória pessoal, que é considerada sinônimo de cidadania. 

 

O sentimento que resumia a satisfação dos alfabetizados era um só: felicidade. Judite Pereira, de 47 anos, não pôde estudar porque morava longe da escola. Quando adulta, faltava tempo. Agora, a filha de 13 anos deu o empurrãozinho que faltava para que ela aprendesse as primeiras lições. 

 

“Eu não sabia nem desenhar meu nome, tinha que carimbar o dedo para assinar. Agora já escrevo e leio um pouco, mas tenho muito para aprender”, contou Judite, toda orgulhosa.

 

A professora Raquel Aparecida Fernandes, do Núcleo Regional de Educação, incentivou: “É a nossa obrigação dar contribuição para acabar com o analfabetismo, mas isso é pouco, não parem por aqui, levem em frente esse estudo”.

 

Aprender

 

Outra que estava toda prosa era Jovita Olazar da Silva, de 61 anos. Paraguaia, ela casou há quatro anos com um brasileiro e está morando na margem esquerda do Rio Paraná. 

 

“Eu sabia ler e escrever em guarani. Agora quero aprender o português e para isso, preciso estudar ainda mais”, falava a senhora. Esse era o sentimento geral entre os participantes da confraternização. 

 

A professora das senhoras, Valdirene Aparecida de Almeida, esqueceu as dificuldades para comemorar. “As aulas são difíceis porque muitos nunca pegaram em um lápis, além disso, não há materiais didáticos específicas e nós improvisamos, mas vale a pena quando percebemos o quanto eles ficam felizes em aprender”.

 

O coordenador do programa Paraná Alfabetizado, da Secretaria de Estado de Educação, Wagner Roberto do Amaral, desafio: “Gostaria de sonhar junto com vocês o sonho de superar o analfabetismo. Isso está nas nossas mãos e já vencemos o primeiro obstáculo”.

 

Trabalho realizado em parceria

 

Desde que foi criado, em 2004, o programa já alfabetizou e ajudou a melhorar a qualidade de vida de mais de 5 mil pessoas. O trabalho é desenvolvido conjuntamente com a Secretaria Municipal de Educação de Foz do Iguaçu, a Secretaria Estadual de Educação do Paraná e Núcleo Regional de Educação de Foz do Iguaçu, o SESI/PR, a Fundação Banco do Brasil, o Rotary Club de Foz do Iguaçu e a Itaipu Binacional.

 

Os alunos, além de terem acesso a todo material didático, realizam consultas oftalmológicas e, os que necessitam, recebem óculos e têm à sua disposição creches montadas nos locais de aula, onde seus filhos podem permanecer enquanto estes estudam.

 

As aulas acontecem em locais próximos às residências dos alunos. Escolas municipais e estaduais, associações de bairros, igrejas e casas de alfabetizadores se tornam centros de aprendizado.

 

O programa oferece condições para que os problemas que geralmente causam a evasão escolar não sejam empecilhos para o aprendizado. Esse conjunto de fatores garante a permanência dos alunos na sala de aula e o sucesso do Rede Cidadã.