O Programa Oeste em Desenvolvimento (POD) quer incentivar empresas e indústrias a utilizarem pesquisas de instituições de ensino da região paranaense em seus negócios, com benefícios para ambos os lados – como redução de custos e investimentos em ciência.

 

A proposta de aproximação será lançada em um workshop nesta sexta-feira (17), a partir das 8h30, no Auditório do Sebrae, em Cascavel (PR). Participarão do encontro representantes de empresas, do poder público, de instituições de ensino e de pesquisas.

 

A ideia é o embrião de um Sistema Regional de Inovação (SRI) – caracterizada por uma rede de parceiros formada por instituições de ensino, iniciativa privada e agências de fomento com a mesma finalidade, adotada em outras áreas do País. Entre elas, o Sudoeste do Paraná.

 

“O SRI não é algo físico, mas a integração entre as empresas demandantes de produtos e de processos de inovação e os centros de pesquisas do território, os chamados ativos tecnológicos”, explicou Jonhey Nazário Lucizani, representante do PTI no Oeste em Desenvolvimento.

 

 

O evento começa às 8h30, com abertura oficial, seguida pelo Painel “Inovação como fator de Desenvolvimento Regional”, às 9h. Na ocasião, participarão representantes da Prati Donaduzzi, Governo do Estado, Unioeste, Frimesa, UTFPR e da prefeitura de Pato Branco, considerado um Município Inovador.

 

O debate prossegue até a hora do almoço. À tarde, a partir das 13h45, os participantes serão divididos em cinco grupos para discutir a situação atual e tratar proposições futuras do Sistema Regional de Inovação do Oeste. Os cinco grupos serão: Integração Universidade/Organizações x Empresa; Políticas Públicas para promoção da Inovação; Qualificação para Inovar (fixação de profissionais e conhecimento); Recursos financeiros para Inovação; e Ambientes de Inovação.

 

 

Depois do encontro em Cascavel, o próximo passo será cadastrar tanto as empresas e indústrias interessadas em inovação quanto as instituições capacitadas para atender as demandas, como as universidades e centro de pesquisas do Oeste. Dessa forma, será possível evitar que as empresas importem pesquisas quando as instituições da própria região têm capacidade de atendê-la.

 

Para o representante do Sebrae no Oeste em Desenvolvimento, Augusto Cesar Stein, embora as grandes indústrias sejam as que mais precisem de pesquisa, as micro e pequenas empresas também serão beneficiadas com o SRI. “Elas acabam tendo dificuldades de inovar devido ao custo elevado.”

 

Segundo o analista, um dos fatores que tornam o investimento alto é justamente porque boa parte das pesquisas é de fora do território. “Nesse sistema todos têm a ganhar. Os centros de pesquisas serão fortalecidos e as empresas ficarão mais competitivas”, concluiu Stein.

 

 

O que: Workshop “Sistema Regional de Inovação”