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Programa Oeste em Desenvolvimento quer acelerar economia da região
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20/08/2014

Uma das regiões mais promissoras do Brasil, o Oeste do Paraná vai contar a partir desta quinta-feira, 21, com o respaldo técnico de uma metodologia inovadora, que pretende acelerar ainda mais os bons indicadores e multiplicar as oportunidades de renda e emprego da região.  É o Programa Oeste em Desenvolvimento, que será lançado no Recanto Cataratas Resort, em Foz do Iguaçu.

O lançamento da iniciativa, que reúne a Itaipu Binacional e parceiros, terá dois momentos. O primeiro com a formação de câmaras técnicas, a partir das 14h; e o segundo com o lançamento e posse da primeira diretora, às 18h.

Participam da solenidade representantes da Itaipu Binacional e de parceiros que ajudaram na elaboração do estudo, como Fundação Parque Tecnológico Itaipu (FPTI), Sebrae/PR, Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (Amop), a Coordenadoria das Associações Comerciais e Industriais do Paraná (Caciopar), a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), cooperativas e universidades, entre outros. O encontro é aberto para dirigentes empresarias, trabalhadores e autoridades regionais.  

Para o coordenador do Sistema de Gestão de Sustentabilidade da Itaipu, Herlon Goelzer de Almeida, o Oeste do Paraná tem uma série de virtudes, mas precisa se desenvolver ainda mais. “O que pretendemos, por meio do diálogo, é identificar problemas e estabelecer mecanismos de superação.”

E complementa: “Precisamos de uma atuação em conjunto de empresas e instituições que venham a fomentar o crescimento das principais cadeias produtivas, com a adoção de novas tecnologias, investimentos em infraestrutura e pesquisas para melhoria dos setores que ainda não estão adequados, em termos de mercado, serviços, produtividade e modernização”.

Voltado para o desenvolvimento econômico e territorial da região Oeste do Paraná, o programa tem o objetivo de promover a articulação de empresas e instituições para fomentar o crescimento das principais cadeias produtivas da região. Numa iniciativa cooperada inovadora, instituições públicas e particulares formarão uma governança comum, que permitirá a gestão das cadeias produtivas mais importantes e, baseada em planos setoriais, propiciará a multiplicação de pactos em favor do desenvolvimento econômico e territorial.

Um levantamento que vem sendo feito há quatro anos apontou que entre as cadeias produtivas mais importantes da região estão não apenas a agricultura e a produção de proteína animal (frango, suíno, leite e até peixe), como também a indústria metal-mecânica e de material para transporte, a indústria farmacêutica, a produção de software, a fabricação de moda-bebê e o turismo, entre outras.

Este diagnóstico serviu de base para que se criasse o Programa Oeste em Desenvolvimento. "Nós concluímos que o Oeste é uma região rica, mas ela pode ser mais do que é. Crescer mais do que estamos crescendo. O objetivo do programa é aplicar novas tecnologias e investir em infraestrutura para melhorar e ampliar estas cadeias, além de corrigir o que não está dando certo”, disse Herlon Goelzer.

Perfil do Oeste

Formada por 54 municípios, a região Oeste do Paraná tem cerca de 1,3 milhão de habitantes, a maior parte – quase 1,1 milhão – vivendo em áreas urbanas. Mas é a integração com as atividades do campo que garante um desenvolvimento diferenciado em relação a outras regiões do Estado.

A economia dinâmica, resultado de cadeias produtivas sólidas, gera riquezas e atrai novos negócios, o que resulta em mais empregos e propicia melhorias constantes na qualidade de vida de sua população.

Numa iniciativa cooperada inovadora, instituições públicas e particulares formarão uma governança comum, que permitirá a gestão das cadeias produtivas mais importantes e, baseada em planos setoriais, propiciará a multiplicação de pactos em favor do desenvolvimento econômico e territorial.

Agronegócio e outros dados econômicos

O agronegócio, que representa a produção e a industrialização dos produtos agrícolas e da pecuária, é o carro-chefe da economia do Oeste paranaense. Em 2013, os principais municípios da região exportaram o equivalente a 1,4 bilhão de dólares, 11% a mais do que em 2012, enquanto no Paraná as exportações subiram 3% e, no Brasil, houve uma pequena queda em 2013, de 0,16%, em relação a 2012.

Nas exportações do Oeste, o maior peso é o da avicultura, mais de um terço das exportações, que vão desde o frango congelado até pedaços e miudezas. Depois, vem a soja, que em 2013 representou 152 milhões de dólares em exportações.

Cadeias produtivas

O critério para a escolha das cadeias produtivas baseou-se na análise de custo-benefício, sendo dada prioridade àquelas que trariam melhor benefício líquido para a sociedade do Oeste paranaense, a partir dos investimentos econômicos e políticos das instituições envolvidas com a governança do Programa Oeste em Desenvolvimento.

Assim, chegou-se a quatro cadeias produtivas: 1) Proteína Animal (com ênfase nas carnes de ave, suíno e pescado e nos laticínios); 2) Agroalimentar de base vegetal (com ênfase na produção de grãos e amido para a alimentação humana); 3) Turismo; e 4) Material de Transporte.

Não por acaso, são as atividades que mais geram empregos. Dos cerca de 310 mil empregos formais em 37.099 estabelecimentos do Oeste do Estado, mais de 51 mil (17%) são gerados pela cadeia produtiva agroalimentar; 4 mil pela cadeia produtiva farmacêutica; 3 mil pela cadeia produtiva material de transporte; e quase 9 mil pela cadeia produtiva do turismo.