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Meio Ambiente
Programa Cultivando Água Boa é apresentado em Minas Gerais
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24/03/2015

Reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) como a melhor política de gestão de recursos hídricos no planeta, o Programa Cultivando Água Boa (CAB) foi apresentado sexta-feira (20), em Belo Horizonte (MG), para equipes técnicas da Companhia de Saneamento do Estado de Minas Gerais (Copasa), Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e Secretaria de Ciência e Tecnologia de Minas Gerais.

A apresentação, na Cidade Administrativa, sede do governo mineiro, foi feita pelo diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek, e pelo diretor de Coordenação, Nelton Friedrich.

Os diretores também tiveram em Belo Horizonte reuniões fechadas com a presidente da Copasa, Sinara Inácio Meireles Chenna, e o presidente da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), Mauro Borges Lemos.

Minas estuda a aplicação do CAB no Estado como uma das estratégias de enfrentamento da atual crise hídrica e recuperação das nascentes. Há duas semanas, uma comitiva do governo mineiro esteve em Foz do Iguaçu e região para avaliar o programa e discutir um acordo de cooperação.

“A caixa d’água do Brasil é Minas Gerais. É onde nós temos as maiores bacias hidrográficas. Se chove na cabeceira do Rio Grande, essa água chega até Itaipu. E boa parte da energia consumida em Minas vem de Itaipu”, afirmou Samek. “Por isso, estamos trabalhando panoramas para o futuro e discutindo uma grande parceria do ponto de vista da sustentabilidade”, acrescentou.

A presidente da Copasa, Sinara Meireles Chenna, elogiou a iniciativa e disse que o programa de Itaipu apresenta uma série de ações que permitirão ao Estado – e ao País – enfrentar situações adversas como falta de chuva ou queda nos níveis dos reservatórios de abastecimento.
      
“A gente tem que tratar a questão da água não só com medidas emergenciais e corretivas, e que impõem muitas vezes sacrifícios para a população e para a sociedade como um todo. Se ações preventivas [como as do CAB] tivessem sido tomadas no tempo devido, a falta de chuva talvez tivesse reflexo muito menor e os sistemas fossem muito menos dependentes da chuva, porque eles teriam uma situação de equilíbrio melhor”, afirmou.

A secretária adjunta de Meio Ambiente de Minas Gerais, Marília Melo, explicou que o Estado já evoluiu muito em questões de planejamento; com o Cultivando Água Boa, poderá avançar para uma linha de ação direta.
       
“O grande mérito do programa é trazer para a sociedade o resultado final de um sistema de gerenciamento de recursos hídricos. Seja pela recuperação das bacias hidrográficas, seja como opção de desenvolvimento social e econômico para a região”, observou.
   
Para a diretora do Instituto Mineiro de Gestão das Águas, Maria de Fátima Chagas, a implementação de um programa como o CAB “vem ao encontro da nossa política estadual de recursos hídricos, da questão da conservação da água, da gestão de bacias hidrográficas. Tudo isso de forma integrada, e contando com a participação dos setores envolvidos”.     

“Essa experiência [do CAB] é pioneira. Eu tive a oportunidade de conhecer o programa, visitei Itaipu, e, exatamente em função dessa boa forma de administrar os recursos hídricos é que o Estado vem trazer essa experiência [para Minas Gerais]”, comentou Maria de Fátima.

Diretora geral do Instituto Estadual de Florestas (IEF) de Minas Gerais, Adriana Ramos aponta o envolvimento da comunidade como uma das grandes forças do programa de Itaipu. Ainda segundo ela, a integração de estratégias para a água, o solo e as florestas poderá ampliar os resultados ambientais.
    
“O que a gente busca é dar todo o apoio possível na questão do reflorestamento, replantio das árvores, no intuito de recuperação dessas bacias hidrográficas, das nascentes, e buscando um envolvimento muito próximo da comunidade. A comunidade irá obter todas as vantagens com a recuperação da biodiversidade, dos ecossistemas”, relacionou.