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Energia
Produção de Itaipu em 2016 deve voltar a superar 90 milhões de MWh
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18/12/2015
Em 2016, a expectativa é que a usina de Itaipu volte a produzir acima dos 90 milhões de megawatts-hora (MWh), o que não aconteceu nos últimos dois anos. Em 2014 e 2015, quando o Brasil enfrentou uma das piores secas da história, o volume anual produzido pela usina, que mais uma vez foi fundamental pra segurar as pontas do setor elétrico do País, ficou na casa dos 87 milhões e 89,5 milhões de MWh. Mesmo produzindo abaixo dos 90 milhões nesse período, a média dos últimos cinco anos foi de aproximadamente 93 milhões de MWh.
 
A expectativa para 2016 é feita com base nas previsões meteorológicas, na boa performance da usina e também no comportamento dos sistemas de transmissão e de consumo, tanto no Brasil quanto no Paraguai. Com a prolongação prevista do efeito do fenômeno El Niño até o outono – um dos mais intensos de todos os tempos-, as chuvas na bacia incremental, onde está localizada a hidrelétrica, devem ficar acima da média.
 
O diretor técnico executivo de Itaipu, Airton Dipp, acredita que a usina terá todas as condições para superar a barreira dos 90 milhões de MWh. “O cenário para o ano é positivo, o que nos permitirá produzir mais e de forma sustentável, garantindo assim a energia que o Brasil e Paraguai precisam para se desenvolver", afirma.
 
As águas da bacia incremental representam normalmente 20% do total da matéria-prima que a usina recebe para gerar energia. Em alguns meses, 2015 representou o dobro, cerca de 40% do volume total. Já o restante, ou seja, 80% das águas recebidas por Itaipu, é procedente do Sudeste. O uso dos reservatórios acima da Itaipu seguirá com uma coordenação cuidadosa do Operador Nacional do Sistema (ONS), com foco na otimização do sistema como um todo. O resultado global esperado das águas em Itaipu é que não haja grande variação, especialmente no primeiro semestre, permitindo uma melhora no desempenho operacional.
 
Para o superintendente de Operação de Itaipu, Celso Torino, assim como em 2015, há boas chances de a usina repetir em 2016 os excelentes índices de performance operacional. "Neste ano, tivemos uma disponibilidade e uma indisponibilidade forçada das unidades geradores próxima a 96% e 0,1%, respectivamente, além de um Fator de Carga Operativo, índice que mede a eficiência no aproveitamento da água, acima dos 97%", explica.
 
Jogos olímpicos
 
Em agosto do ano que vem, o setor elétrico estará com todas as atenções voltadas para os Jogos Olímpicos, no Rio de Janeiro. O evento exigirá medidas especiais de segurança para o setor elétrico, assim como já ocorreu na Copa do Mundo. Serão necessárias ações prévias para harmonizar questões de segurança e otimização energética, inclusive na Itaipu.
 
Itaipu será ainda mais fundamental no período, que poderá coincidir com eventuais cheias nas águas incrementais da usina. A usina adotará todas as medidas de gestão do reservatório para minimizar ou, eventualmente, até evitar os vertimentos, que ocorrem quando a água não passa pelas turbinas para gerar energia.
 
"As contribuições da usina para atender ao pico de consumo de energia no Brasil e no Paraguai, em especial no período do verão, continuarão sendo fundamentais em 2016", comenta Torino. "A capacidade de reação da usina frente aos picos de consumo ou de eventuais interrupções não programadas de oferta de geração de outras usinas é algo extraordinário e independente da sua situação energética. Afinal, não é qualquer usina que dispõe de uma fonte hidráulica e, portanto limpa, rápida e não intermitente, com uma potência de 14 mil MW.”