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Potencial do Oeste do Paraná Oeste do Paraná é mostrado na Expo Milão
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13/10/2015

O potencial do Oeste do Paraná, especialmente na produção de alimentos, e a forma como a região vem se organizando para dar um salto na economia local, por meio de parcerias, foram mostrados na Expo Milão, neste domingo, 11, no Pavilhão Brasil. O tema foi apresentado pelo presidente do Programa Oeste em Desenvolvimento, Mário César Costenaro. A região é uma das que mais crescem no Paraná e concentra um das maiores produções de grãos do País.

A região é formada por 50 municípios que, juntos, somam 1.291.492 habitantes (estimativa do Censo de 2015). O PIB deverá chegar aos R$ 32 bilhões. O Oeste em Desenvolvimento reúne mais de 30 instituições, entre elas a Itaipu Binacional, o Sebrae, a Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Oeste do Paraná, a Associação dos Municípios do Oeste do Paraná, o Parque Tecnológico Itaipu e a Federação das Indústrias do Paraná, além de cooperativas e instituições de ensino superior.
 
Criado em agosto de 2014, o Programa Oeste em Desenvolvimento tem por desafio, de acordo com Costenaro, alçar uma das regiões que mais crescem no Brasil a um novo estágio no seu processo de desenvolvimento e de estruturação. “O programa é uma das mais recentes comprovações de que o Oeste está suficientemente preparado para empregar com eficiência ferramentas modernas, como o planejamento, o conceito de foco nas cadeias produtivas propulsivas, para dar um passo além e, gradualmente, multiplicar prosperidade.”
 
Densidade

O Oeste do Paraná tem, entre as principais cidades, Cascavel, com 312.778,  Foz do Iguaçu, com 263.782 e Toledo, com 132.077  habitantes. A região possui uma das maiores frotas automobilísticas do País com 750 mil veículos, uma média de um carro para cada grupo de 1,7 morador. A renda per capita do Oeste do Paraná chega aos R$ 24 mil (US$ 6.315, considerando o dólar a R$ 3,80), superior em cerca de R$ 1 mil em comparação à média nacional.
 
O Oeste é referência nas áreas do agronegócio e também no turismo. Foz do Iguaçu abriga as Cataratas do Iguaçu, a usina de Itaipu, entre outros atrativos. Na área de saúde especializada, a região tem mais de 30 instituições superiores de ensino e perto de 40 mil acadêmicos matriculados em mais de 50 opções de cursos de graduação.
 
Mas é na produção de grãos, e de sua transformação em proteína, que a região é destaque no mundo. O Brasil produziu na safra 2013/2014 196,7 milhões de toneladas de grãos (soja, milho, trigo, feijão, entre outras). O Paraná, sozinho, respondeu por 19,4% desse total, ou seja, 38 milhões de toneladas. O Oeste, por sua vez, teve uma participação de 27% da produção agrícola do Estado.
 
Atualmente, mais de 85% da soja e mais de 90% do milho que a região produz são transformados em proteína animal, principalmente frango, o que faz do Oeste o campeão brasileiro em produção e em exportação desse tipo de carne.
 
Cooperativas

Constituídas a partir da década de 1970, as cooperativas agropecuárias deram e ainda dão forte impulso à economia regional. As cinco maiores são C. Vale (sede em Palotina), Lar (Medianeira), Copacol (Cafelândia), Coopavel (Cascavel) e Copagril (Marechal Cândido Rondon).
 
Anualmente, as cinco figuram entre as maiores e melhores empresas do agronegócio brasileiro, segundo publicações especializadas. Juntas, elas faturaram R$ 13 bilhões em 2014 e deverão alcançar cifra próxima dos R$ 15 bilhões no atual exercício. No ano passado, as cinco cooperativas somavam 39.360 cooperados e davam emprego e renda a 29.873 funcionários.
 
Gargalos

Apesar do grande potencial, a região apresenta desafios. Os quatro modais de transporte - rodoviário, ferroviário, aeroviário e hidroviário – apresentam, em diferentes graus, uma infraestrutura precária. No rodoviário, por exemplo, os problemas vão desde a falta de ligações entre os municípios até o valor alto dos pedágios nas rodovias federais.
 
Além disso, as estradas rurais são mal conservadas e estreitas, impedindo a passagem de caminhões de grande porte. Esses fatores contribuem para o aumento no valor dos fretes, o que por sua vez afeta o custo final dos produtos, prejudicando a concorrência com a produção de outras regiões do Brasil e até de outros países.

Em relação ao transporte hidroviário, ele ainda é pouco utilizado para a movimentação de insumos e máquinas e para a exportação de grãos, porque são necessárias adequações para que possa ser utilizado também nos períodos do ano em que o nível dos rios está mais baixo, por exemplo.